sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz 2012

Olá meus amigos blogueiros!

Eu não poderia deixar de registrar aqui o meu carinho por todos vocês.
Valeu pela companhia em 2011! Valeu por compartilharem opiniões, experiências, enfim... textos lindos que fizeram os meus dias bem mais coloridos!
Valeu por acompanhar o meu bloguito aqui, rsrsrs!!!
A todos vocês, desejo um 2012 adornado com a excelência do nosso Deus Altíssimo em todas as áreas de suas vidas!!!
Ahh.... desejo também muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiita inspiração para postar textos ainda mais lindos aqui na blogosfera!!!

Um grande abraço,
Rejane

domingo, 27 de novembro de 2011

Do lugar onde vivo

Um ano e nove meses, exatos. Esse é o tempo que tenho vivido em Araguaína.
Parece que foi no mês passado que estava arrumando minhas coisas pra vir pra Tocantins. A ansiedade, a curiosidade, o medo. Sentimentos híbridos. Além disso? Três malas e duas caixas com livros. Essa foi toda a bagagem que trouxe comigo. Realmente vim pra cá com a cara e a coragem pra (re)começar a vida.

Bem, mas o post de hoje não é pra falar disso, necessariamente. Quero falar sobre como vejo o lugar onde vivo. Araguaína é razoavelmente grande. Uma cidade com cerca de 150 mil habitantes e com expectativas de crescimento. Até que enfim dois shoppings serão construídos! É interessante, mas assim que cheguei aqui percebi algumas diferenças. Vamos a elas!

Araguaína é a capital das motos! Gente, nunca vi tanta moto por metro quadrado na minha vida! Isso acaba saturando o trânsito, tornando-o uma loucura.
Outra coisa que não falta aqui, infelizmente, é buteco (buteco mesmo, bar é mais arrumadinho). Em cada esquina é possível ver no mínimo dois. É uma pena.
Na cidade praticamente não há animais nas ruas. Até hoje só vi dois cachorros: um sozinho, e outro passeando com o dono. Dizem que a cidade já sofreu muito com Calazar, então, precisavam cuidar disso.
Um ponto bastante positivo: há pouquíssimos fumantes aqui. Na verdade, só vi uma pessoa fumando. Povo inteligente que cuida da saúde!!! rsrs...
Araguaína tem seus pontos positivos e negativos, assim como qualquer outra cidade. Gostaria que ela fosse mais bem cuidada. Mas isso é uma questão de governo, com certeza. Espero que os próximos governantes possam olhar pra cidade com mais carinho.

Sobre morar aqui. Costumo dizer que "o melhor lugar pra se viver é onde o coração está". Eis aí a minha confusão: parte do coração está lá em Goiás, com a família. A outra está aqui com o trabalho. E essa divisão me faz sofrer, affff... Independente de qualquer coisa, sei que Deus tem cuidado de mim e isso faz toda a diferença. Faz com que qualquer experiência seja maravilhosa e especial.

domingo, 13 de novembro de 2011

Sobre o medo e a coragem

Por algum tempo deixei o medo tomar uma proporção avassaladora na minha vida. Tinha medo de tudo: de ir a um lugar desconhecido, de viajar sozinha, de as pessoas não gostarem de mim, de tentar e fracassar... Esse medo me engessou por bastante tempo, essa é a verdade. Eu ficava triste, mas não conseguia me libertar disso.

O meu discurso era até previsível. Se eu tivesse medo de alguma coisa, começava a justificar que não faria tal coisa por causa disso e daquilo outro. A lista de justificativas era enorme e é claro que ela só terminava quando eu tinha a certeza de que não precisaria sair do meu espaço conhecido e previsível. O que isso significava? Que eu justificava tanto as coisas que as limitações tomavam conta de mim e eu não conseguia sequer sair da minha zona de conforto.

Depois de certos acontecimentos na minha vida, decidi que eu iria sempre tentar, que eu não deixaria de fazer algo por causa do medo. Resultado: tenho vivido experiências maravihosas!!!

O medo? Ele continua por aí, me espreitando. Não deixou de existir. Ainda tenho medo de barata e rato, ainda tenho medo de velocidade e de outras coisas.

O que mudou? Creio que o fato é que a coragem e a ousadia surgiram determinantes na minha vida e são maiores que quaisquer medos que eu possa sentir e isso faz toda a diferença. Essa nova postura tem me proporcionado viver experiências ímpares na minha vida, tem me levado a lugares onde o medo jamais me permitiria conhecer...

Lendo Ilusiones, um livro de Richard Bach, me deparei com uma frase que inspirou este post:

"Justifica tus limitaciones, y ciertamente las tendrás".

E aí, quais são os seus medos? O que você faz diante deles?

domingo, 6 de novembro de 2011

Das pessoas

Há pessoas especiais das quais sinto muita falta. Sinto falta de conversar, de passar um tempo junto, de abraçar, de ouvir a voz, de contemplar a face ao menos. E nessas horas o coração fica apertadinho...

Ficar longe delas me faz pensar se tenho feito as escolhas certas.

Tô aqui, divagando em meio a tantas lembranças...

A verdade é que a saudade é tão absurda que não consigo expressar mais do que estas frases.

Um beijo nostálgico no coração de todos!

domingo, 2 de outubro de 2011

Recado pra Cris

Cristina,

ultimamente tenho tentado entrar no seu blog (Coisinhas da Cris), mas acusa erro e a página não é gerada. Isso acontece com outros amigos blogueiros seus ou será que é só comigo? Entro em outros blogs, leio postagens e deixo comentários, mas não estou conseguindo fazer isso no seu.
Me dá um toque sobre o que pode estar acontecendo, é claro, se souber.

Beijinho!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

3.0

Sim, meu povo: 3.0!!!
E sem nenhuma paranóia.
Completei 30 anos no dia 26 de setembro e festejei muito com amigos! Acordaram-me às 6h da manhã com direito à vuvuzela, língua de sogra e apito no meu quarto!!
Uma mesa de café da manhã maravilhosa.
Sim, teve chapéuzinho e balões também! Muitos e coloridos!!!
Hora de almoço? Saí com amigos e foi muito bom.
A noite, vários abraços no trabalho e depois saí com amigos da universidade pra comemorar.
Ganhei muitos presentes fofos. O principal presente foi o carinho que recebi em forma de presença, de ligações, de mensagens, de sorrisos, de abraços. A todos: Muito obrigada!!!
É isso.
3.0 sem paranóia.
Feliz da vida por iniciar um novo ciclo.

Umas fotinhas pra compartilhar:

Café da manhã, nham... nham... nham...

Joice e eu, no Restaurante Coqueiros.

Com amigos no Pinel.

domingo, 25 de setembro de 2011

Saudade

Bem que tentei escrever um texto legal, mas... a saudade não deixou.
E é só nisso que penso.
Tô com saudade de família.
Tô com saudade de Cherry, meu bichinho lindo de estimação.
Vim pra cá, mas parte de mim ficou lá, longe...
Então, tô com saudade de mim, eu acho.
Olho fotos na tentativa de amenizar essa saudade.
Mas vejo pessoas que tanto amo e o amor fica ainda mais evidente.
Não sei se consigo escrever estória aqui nesse lugar.
Tento.
Tô com a caneta na mão, mas é como se eu não tivesse força para esboçar palavras.
Tentar escrever é perceber que os personagens mais lindos, que são minha família, não podem fazer parte dessa estória.
E a página fica em branco, assim como meu coração.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Felicidade

Algo sempre me incomodou: o lugar quase inalcançável onde algumas pessoas acreditam que esteja a felicidade. Por isso, elas nunca se consideram felizes e estão sempre condicionando a possibilidade de ser feliz se obtiverem isso ou aquilo. E, quando não conseguem, se auto-rotulam como tristes e não-realizadas na vida. E vivem assim, frustradas.
O mundo capitalista muito colabora para isso. As propagandas se encarregam de mostrar o quão feliz você pode ser se tiver um carro X, se comprar um perfume Y, se viajar para o país Z e por aí vai a lista de itens que te exclui do clube dos felizardos.
É uma pena.
É como olhar para uma árvore de Natal e focar somente em uma ou duas luzes que estão queimadas e esquecer das outras vinte ou trinta que estão ali, piscando e brilhando.
A pessoa foca o olhar somente no que ainda não tem e ainda não alcançou. E esquece do que já conquistou, do que já tem.
Posso não ter o carro X, mas tenho um carrinho G que me leva pra todo lugar. Não tenho o perfume Y, mas tenho um T que me deixa bem cheirosinha. Ainda não viajei para o exterior, mas já conheço alguns estados brasileiros e me alegro por isso, me alegro simplesmente por poder visitar minha família na cidadezinha onde nasci, lá no interior de Goiás.
O que me encabula mesmo é o fato de eu olhar pra algumas pessoas e ver que elas têm todos os motivos pra serem felizes, mas simplesmente se recusam a ser porque acreditam num ápice de felicidade que ainda não alcançaram. Esse ápice, ao meu ver, é por deveras vezes falsamente fabricado pela mídia, pela sociedade, cujo único intuito é nos incubir um sentimento de incompletude e insatisfação.
E sem falar nas pessoas que vivem se comparando à outras e dizendo: "Ah... mas fulano já fez isso, ciclano tem aquilo" e por aí vai, um monte de reclamações inconsistentes cuja essência é, no mínimo, de inveja. Poxa, então é hora de estabelecer metas, prazos e lutar.
Sei que existem várias razões pra nos preocuparmos e talvez até nos entristecermos: contas pra pagar, uma enfermidade na família, uma briguinha, uma prova pra fazer... Mas é preciso aprender a conviver com isso.
Felicidade existe sim. Ela está em cada coisa que você conquista. Por isso, é preciso olhar as nossas conquistas (trabalho, estudo, família etc.) todos os dias e lembrar do quanto lutamos para tê-los e nos alegrarmos TODOS OS DIAS com isso.

Ser feliz é decisão.
E é preciso todos os dias decidir ser feliz.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Yo estoy a aprender...

Entonces, mi pueblo...
Cómo están?

Yo estoy muy bien. Principalmente porque tengo aprendido una nueva lengua. Sí, español. Qué te pareces?
kkkk....

Gente... não tem nada melhor do que começar algo novo na nossa vida!! Descoberta... alegria... diversão... contentamento, satisfação!!
Amo aprender línguas. Tanto é que sou professora de inglês há alguns anos. Algum tempo atrás comecei um curso de espanhol, mas... depois de 6 meses tive que parar, por várias razões que não vem ao caso agora.
Mas... enfim... enquanto espero o estágio probatório terminar aqui na UFT (Universidade Federal do Tocantins) pra, só depois, sair pro doutorado... decidi voltar a estudar línguas.
Aqui tem cursinhos de idiomas e bons por sinal, mas... depois de analisar um e outro, analisar principalmente o bolso, vi que não dava pra iniciar este semestre. Voltei pra casa tristinha, sabe...
Foi então que me lembrei de uma aluna que comentou sobre um site ótimo para aprender línguas. E lá vou eu procurar. Entrei no site, dei uma olhada na organização, no que oferecem (eu sou muito crítica com relação a isso). E não é que gostei!!! Gente, estou amando!!! Essa é a verdade!!! A gente aprende brincando, faz amizade, ganha uns prêmios, ajuda os outros aprendizes de português corrigindo as atividades deles. O que achei melhor é que a correção de atividades é rápida e é feita por várias pessoas. Exemplo: você faz uma atividade escrita ou oral e depois de mais ou menos 3 minutos já pode conferir, pois pelo menos umas 5 pessoas já vai ter corrigido seu texto! Há também a possibilidade de interagir com outros aprendizes por escrito ou oralmente.
Ahhh... o site oferece gratuitamente cursos de várias línguas: inglês, espanhol, português, francês, italiano, russo, entre outros. É muito bom!!!

Gente, é sério! Vai lá conferir:
http://www.busuu.com/

Depois me conta tá!!!

Fikadika!!!
;)

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A música do vizinho - parte II

A verdade é que eu não queria que esse assunto tivesse repeteco, mas tem. Mudança de estado, de ares, mas algumas características da vizinhança continuam. Então percebo que gente educada e mal-educada tem em todo lugar. Vamos a odisséia...
Quinta-feira. Deitei pra dormir por volta das 22h. Após um breve sono, percebo que algum vizinho resolveu dar uma festa. Até aí, tudo bem. Sem problemas, até porque gosto de festa. O problema é justamente o tipo e a altura da música: Funk no último volume!!!!
1h da manhã - a festa continua.
2h da manhã - a festa continua.
3h da manhã - a festa continua.
Reclamar? Sim. Liguei pra polícia 3 vezes. Adiantou? Não.
Eu precisava dormir, pois o trabalho me esperava no dia seguinte. Fui então reclamar com os próprios vizinhos. Da minha sacada dava pra ver um pouco do movimento no quintal onde a festa (só tinha umas 4 pessoas lá!!!) estava acontecendo. Falei. Não me ouviram. Gritei. Não me ouviram. No intervalo de uma música e outra, consegui fazer com que me ouvissem. Pedi pra abaixar o som, pois já eram 3h da manhã e eu, assim como os demais vizinhos, precisavam trabalhar no dia seguinte. O que responderam? Que também iriam trabalhar no dia seguinte (sei... dormir até meio-dia é trabalho, alguém me diga aí?) Estavam todos bêbados, sem noção.
O som só foi desligar após as 4h da manhã. Ele estava absurdamente alto. Era como se tivesse um carro de som automotivo dentro do meu apartamento. Afff... A calma nessa hora passa longe de mim. A verdade é que eu fico muito desapontada com o ser humano. Algumas pessoas não respeitam as outras. Fico indignada com a falta de educação de alguns vizinhos, fico decepcionada com a omissão da polícia...
Tenho certeza de que se eu colocasse uma música cristã na metade da altura que estava o som deles, ahhhh... iriam reclamar muiiiiiiiiiiito...
No outro dia, levantei com a cara de ressaca (e com muiiiiiiiiiito sono) e fui trabalhar.

Acho que as pessoas as vezes se esquecem de boas condutas com a vizinhança:
1- não colocar lixo na porta um do outro;
2- não estacionar o carro na garagem do outro (isso me mata!!!!);
3- não ouvir música com o som mais alto do que o bom senso sugere...

Será que tem curso pra ser bom vizinho????
Se alguém souber, me avise.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Suicídio: um misto de coragem e covardia

Nunca entendi/aceitei direito o que, de fato, leva uma pessoa a desistir da vida. Vez ou outra vejo nos noticiários ou leio em jornais ou, ainda, fico sabendo através de conversas sobre pessoas que cometeram suicídio. E fico triste. Tento compreender o que leva uma pessoa a perder a fé em si mesma, a não acreditar que seja capaz de resolver os problemas... fico confusa.

Em um de seus livros, Augusto Cury diz que infelizmente estamos criando uma geração de pacientes psiquiátricos, simplesmente por não lhes ensinar o essencial: conhecer e amar a si mesmo. E acho que em muitos casos a razão pra tantos suicídios seja a falta de amor próprio. Nas instituições de ensino, os horários são recheados de inúmeras matérias. Mas não há nenhuma que proporcione ao ser humano conhecer a si mesmo.

Vivemos numa época em que aplausos, glória e reconhecimento são desejáveis. Deseja-se ser notado, respeitado e reconhecido. Conheço pessoas que são notadas pela educação e retórica. Tem facilidade em falar em público e até mesmo de se relacionar com os outros. Mas tem pavor de ficarem sozinhas consigo mesmas. E então me pergunto: Será que a própria companhia é tão desagradável assim? Será que o seu 'eu' é tão tenebroso que a mera possibilidade de ficar diante de si causa uma angústia tão grande? Por que às vezes é mais fácil perdoar os erros dos outros do que os seus próprios? Por que perdoamos aqueles que amamos, mas não perdoamos a nós mesmos? Por que algumas pessoas amam mais a outras do que a si próprias?

De acordo com o site Diário da Saúde, "9090 pessoas chegaram ao suicídio no Brasil em 2008, o que corresponde a 25 mortes diárias. (...) 'Os números são apenas a ponta do iceberg, pois, para cada suicídio, estima-se que haja pelo menos 20 tentativas. E, para cada caso de tentativa que atendemos no hospital, outras cinco pessoas, na comunidade, estão planejando e 17 estão pensando seriamente em pôr fim à vida', diz o pesquisador [Botega]". E isso é lamentável.

Eu já passei por inúmeros problemas na minha vida. Decepções tão grandes, momentos de tanta dor que, se eu pensasse diferente, talvez desejasse a morte. O que fiz? Busquei aconchego no Senhor Nosso Deus e Ele encarregou-se de lutar por mim, de me ensinar, lapidar e, acima de tudo, me amar. Acredito que a religião pode ajudar muito o ser humano a se encontrar, a se respeitar e a se amar, o que é primordial.

Na minha opinião, a pessoa que comete suicídio é muito corajosa e muito covarde. É muito corajosa por ser capaz de planejar a própria morte, de apontar uma arma pra si mesmo, de empunhar uma faca em direção ao seu corpo, de levar até a boca um copo cuja substância é mortal, de se jogar na frente de um veículo em movimento. Tem que ser muito homem/mulher pra fazer isso. Mas, por outro lado, penso que uma pessoa que pratica tal ato é, no mínimo, covarde. Covarde por não se amar suficiente, covarde para desistir da própria vida, desistir de ver as pessoas que ama, desistir de lutar. É uma pessoa que vive presa no cárcere da lamentação, do rancor, da tristeza e do desamor.

Se pensarmos na eternidade, percebemos que nossa vida é apenas um breve soluço no tempo. É por isso que defendo a necessidade de o ser humano se conhecer, saber quais são seus limites e fraquezas, se aceitar, se amar e se superar a cada dia, pois a vida é breve demais pra ser desperdiçada.

Encerro este post com um trecho de Augusto Cury. Espero que possa perceber o quanto você é precioso(a) e perceber-se com um ser apaixonante:

"O pior cárcere não é o que aprisiona o corpo,
mas o que asfixia a mente e algema a emoção.
Sem liberdade, as mulheres sufocam seu prazer.
Sem sabedoria, os homens se tornam máquinas de trabalhar.
(...)
Ser livre é não ser escravo das culpas do passado
nem das preocupações do amanhã.
Ser livre é ter tempo para as coisas que se ama.
É abraçar, se entregar, sonhar, recomeçar tudo de novo.
É desenvolver a arte de pensar e proteger a emoção.
Mas, acima de tudo, ser livre é ter
um caso de amor com a própria existência
e desvender seus mistérios."

Um abraço de vida e de amor a todos!!!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Homem também tem sentimento

Minha mãe sempre diz que acha bom ver homem chorando por uma mulher, é sinal de sentimento sendo demonstrado. Prefiro dizer que gosto de ver homem demonstrando a sensibilidade, o sentimento. E só, não precisa necessariamente sofrer e chorar. Sou menos masorquista que ela, rsrsr...

Ontem "encontrei" um amigo no msn e descobri que ele é um poeta, vejam só. E escreve muito bem, expressa sentimentos através das palavras e isso me faz refletir e acreditar que ainda há homem que tem coração (apesar de muiiiiiiitos provar o contrário, rsrsr...).

Pedi permissão pra ele pra divulgar seu escrito e ele deu sinal verde. Então, vamos lá:

Escrito de Elisio

Tive vontade de dizer que gostaria de transformar o que eu sinto por você em algo que me fizesse bem tive vontade de dizer pra mim que, eu não gosto de você e que tudo é ilusão...
foram boas impressões, bons momentos e nada mais
tive a vontade de calar e sentir o que o coração realmente poderia me "falar",
mas ele só "borbulhava" com medo de saber o fim
tive a vontade e nessa vontade o meu desejo se fez e faz presente em sua boa companhia
tenho a vontade de dizer que gosto,
que quero e que isso pode ser apenas o início de algo que talvez neguemos
tenho a vontade de dizer que a pequena história vivida, velada e construída, pode ser menos dolorida
tenho a vontade e você é o que gera isso em mim
tenho a vontade da intenção, do desejo latente que cresce e respira em mim/vive

Após ler o que meu amigo escreveu, fico pensando... Entre o "tive" e o "tenho" há um caminho de tentativas, de "não", de "sim", de risos, de lágrimas, de alegrias, de frustrações... E quando se fala em relacionamento, o homem e a mulher vivem as mesmas coisas, acho que talvez o que muda é a visão, a mulher tem uma visão mais romântica da vida, dos relacionamentos, acho que colorimos demais o outro e quando percebemos, ele é cinza... (que também é uma cor, bonita por sinal, que se registre!!!).

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Primeiros escritos...

Quando criança, eu preferia lidar com as letras a lidar com pessoas. E essa timidez se responsabilizava por me manter reclusa horas e horas no quarto. Então, eu lia e escrevia. Adorava ler histórias de amor, e chorava, nos meus primeiros escritos, amores que não tive. Escrevi versos e até insinuei alguns poeminhas.
Nesses dias que estou passando em terras goianas, vejam só!!! Encontrei um caderno de versos e um outro de poemas na casa de meus pais. Relendo-os hoje percebo que cada escrito revela a inocência, imaturidade e uma visão romântica (se não sofrida) que eu tinha da vida.

Quero compartilhar aqui um poema que escrevi onde conto um acontecido triste (hoje cômico! rsrs...) há muitos anos atrás quando passava férias na casa de uma tia muito querida. Então, vamos lá, aos primeiros escritos de Dona Rejane:

Um incêndio em minha vida

Era ainda manhã
quando tudo aconteceu
tenho certeza de que disso
nem eu nem ninguém esqueceu.

Não tenho saudade
só quero lembrar
daquele fogo
que tivemos que apagar.

Começou inocente
ninguém percebeu
pequenino talvez brasa
logo ele cresceu.

Não havia meios
a ajuda era pouca
por momentos confesso
achava qeu estava louca.

O fogo estava muito quente
perto não havia como chegar
recorríamos às vasilhas
procurando àgua carregar.

Uma multidão se formou
na esperar de apagar
aquele fogo danado
que fazia minha tia chorar.

Homens e mulheres naquela luga
havia até uma criança
querendo apagar o fogo
restava só a esperança.

Mas a ajuda veio logo
o fogo era mais fraco que nossa união
e aos poucos foi cessando
restando apenas cinza e carvão.

É uma pena, mas não registrei a data. Imagino que deve entre 15 a 20 anos que escrevi esse poema.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Uma história que não foi escrita

Quando acordo, escolho a roupa que vou vestir; como vou deixar o meu cabelo, se solto ou preso; se vou comer pão, bolacha ou fruta; se vou beber café, leite ou suco.

Quando entro no carro, escolho se vou ouvir música ou não, e qual música.

Escolho como será minha aula, que atividades vou propor aos meus alunos.

E tudo isso me faz pensar em quantas escolhas fazemos todos os dias. Há algumas tão simples, quase automáticas. Outras são tão difíceis que às vezes as retardamos na tentativa de evitar quaisquer possibilidades de erro, de sofrimento.

A verdade é que sim, Deus nos dá liberdade para fazermos escolhas. Ele nos orienta, nos mostra caminhos, mas a decisão cabe a nós. Isso é fato.

Ao longo da minha vida (quase 30 setembros), fiz muitas escolhas. Algumas acertadas, outras erradas e há, ainda, aquelas totalmente erradas. Há algumas das quais nos arrependemos. E é sobre uma delas que quero falar aqui.

Sabe aquele amigo tão especial pra você, que faz parte dos seus dias, da sua vida? Aquele que você via todos os dias? Então, eu tive um desses. O fato é que essa amizade ficou colorida demais na minha cabeça e um arco-íris se formou no meu coração. Não sei quando, mas a verdade é que me apaixonei por esse amigo, apesar de sermos ainda tão jovens.

Estudávamos juntos, compartilhávamos lanches, alegrias, tristezas, sonhos... mas esquecemos de compartilhar o amor que sentíamos um pelo outro. Sim, depois de muitos anos, quando o sentimento parecia estar apagado, descobri que ele me correspondia. Mas, a essa altura, já estava eu noiva e ele, pra variar, num estado bem distante do meu Goiás.

Até hoje não entendo porque nossas vidas tomaram rumos tão diferentes, se éramos tão parecidos. Gostávamos de sorrir juntos, de estudar juntos, de sonhar juntos, de estarmos juntos, de olhar um para o outro...

Escolhemos profissões diferentes.

Escolhemos estados diferentes.

Escolhas diferentes.

E a verdade é que me arrependo.

Arrependo-me do namorado que não tive,

Do beijo que nunca foi dado,

Da vida ao lado dele que nunca vivi.

Arrependo-me de não ter compartilhado esse sentimento

Quando isso poderia mudar o rumo das coisas.

Arrependo-me de ter calado a boca quando meu coração gritava.

Arrependo-me de ter me deixado engessar pelo medo de ser incompreendida, rejeitada.

Arrependo-me.

Ainda sofro ao tentar ler a história que não escrevi, ao tentar trazer à memória vivências que não existiram, simplesmente porque aos personagens não dei vida nem voz. Uma página que ficou em branco na minha vida.

Hoje, fica a lembrança da ternura na sua voz que raramente ouço,

fica a lembrança dos seus olhos que buscavam encontrar os meus,

fica a lembrança do aconchego do seu abraço,

fica seu sorriso que fazia o meu dia mais feliz.

Ahhh... e essas lembranças me são tão caras, tão especiais... porque são, simplesmente, a única coisa que restou de uma história que não escrevi.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Das coisas que me estressam...

O título deste post já diz tudo: estou estressada.
Tô trabalhando muito, final de semestre letivo é sempre uma loucura e tenho que fazer malabarismo com as horas pra conseguir fazer tudo o que preciso.
Mas a causa do stress é outro. Tem gente que me deixa nos nervos. E olha que me considero calma. Mas tem gente que é tão sem noção que, meu povo, dô conta não viu...
Então, vamos lá pra lista:

1) Primeiro da lista: as criaturas abençoadas que estacionam na frente da minha garagem. Afff... Será que o portão da garagem não diz nada? Será que a placa "Não estacione / Garagem" não está num português compreensível? Será que custa tanto estacionar um pouco mais a frente ou um pouco mais atras? Tem que ser justo na frente da minha garagem? Aí... sabe o que acontece... eu tenho que sair de apartamento em apartamento procurando o proprietário do veículo e pedi-lo pra tirar o carro dele de frente da minha garagem porque eu quero guardar o meu carro. Já perdi as contas de quantas vezes isso aconteceu.

2) Pedestres que amam andar no meio da rua. As calçadas??? Acho que são invisíveis, porque eles não veem. Só andam no meio da rua e as vezes tenho que parar o carro, ficar olhando pra ser se o abençoado se manca e percebe que estou querendo passar.

Tem outros itens da lista sim. Mas como hoje a cena se repetiu de novo e estou "P" da vida, preciso desabafar sobre o acontecido.

É isso.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Das coisas que amo e me fascinam...

Amo a forma como Deus fala comigo:
no sussuro do vento, que dança e embala minha alma
no canto dos pardais, que anunciam a manhã que chega
no perfume das flores, cujo aroma tão suave me acalma.

Amo minha família:
no delicado "titia" dito por minhas sobrinhas
no abraço confortável de minha mãe, quando me sinto tão segura
nos almoços de domingo, quando risos e brincadeiras enfeitam o dia.

Amo estar comigo mesma:
quando silencio as palavras e posso ouvir meu coração
e a cada batida dele ouço Deus declarando seu amor por mim
quando preparo tudo em casa pra assistir um bom filme
e me emociono ou me entrego à gargalhadas espalhafatosas
quando percebo a liberdade que vivo.

Ahhh... e essa liberdade me fascina...
não a liberdade de estar só
mas a liberdade de viver, de conquistar, de sorrir.

Fascina-me tudo o que Deus me proporciona
Fascina-me as formas que Deus escolhe pra demonstrar seu amor
e esse amor me supre, me sustenta, me constrange...
Fascina-me Deus
Fascina-me a vida
Fascina-me as razões que tenho pra ser feliz
Fascina-me todas as formas de amor.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Lugar (in)seguro

É fácil assistir o noticiário da TV ou ler uma reportagem no jornal e ficar triste com certos acontecimentos. Lembro que fiquei chocada ao ver as chuvas no Rio de Janeiro, o que aconteceu no Japão recentemente e também os tornados nos Estados Unidos. Fico pensando nas pessoas que passam por isso, no desespero e na destruição.
Terremotos, tsunamis, tornados... fenômenos assim parecem estar tão longe de nós... Por mais que ficamos tristes por ocorrerem em outros lugares, causar tantos estragos e vítimas, sei que, assim como eu, você talvez também pode pensar: "graças a Deus que aqui não acontece isso". E nos sentimos em segurança aqui no Brasil.
A verdade é que qualquer lugar está sujeito a fenômenos dessa espécie, infelizmente. Não há lugar seguro. E, portanto, vivemos é pela misericórdia de Deus.
Já faz mais de um ano que estou em Tocantins e, sempre que posso, procuro assistir o noticiário local para saber dos acontecimentos da cidade e do Estado. Ano passado fiquei preocupada com o tremor de terra que foi registrado na divisa do Tocantins com Goiás (ver a reportagem aqui).
Hoje, um telejornal tocantinense noticiou o início de um tornado em Paraíso do Tocantins (cidade próxima à capital Palmas). Fiquei preocupada de novo.
O desenvolvimento de uma nação é algo desejado por todos. Sei disso. O problema é que na maioria das vezes isso é alcançado de maneira muito irresponsável, comprometendo seriamente o meio ambiente. A natureza se defende reagindo como pode. E quem paga por isso, no final de tudo? Nós. Todos esses fenômenos são resultado da ação do homem no meio em que vive.
O video que se segue é do tornado que ocorreu hoje em Paraíso do Tocantins.


quarta-feira, 4 de maio de 2011

Alguns flashs...

Primeiro flash: Família.
Caramba!!! Que saudade absurda, inexplicável... Há poucos minutos falei com minha sobrinha e o "titia" tão suave que ela expressa aguça, ainda mais, a nostalgia. Sinto falta de todos: mãe, pai, irmãos, cunhadas, sobrinhas, cherry (minha cadelinha linda, fofa,cute...). Quando minhas cunhadas tiveram as meninas, eu estava lá, sempre por perto. É estranho pensar que outra bebezinha está chegando na família e que eu não estarei lá. Já amo Kamilla, indescritivelmente.

Segundo flash: Trabalho.
Já falei outras vezes, amo o que faço. Apesar de que estou tendo muito trabalho por aqui (aulas, projetos, reuniões, eventos, orientação de estágio, orientação de monitoria etc.), estou muito feliz, pois estou vivendo a realização do meu sonho. A UFT, apesar de uma universidade nova, tem crescido muito e isso me alegra, demasiadamente.

Terceiro flash: Araguaína.
Depois de 1 ano e 2 meses, já houve quem disse que virei araguainense/tocantinense. Não é pra tanto. Já peguei algumas manias aqui, só isso (eu acho). Vez ou outra, me pego falando "tu", "teu" e uma leve alteração no sotaque. É engraçado.
Uma coisa que me deixa nervosa aqui é o trânsito. Alguém, por favor, explica pra esse povo daqui que não se deve ultrapassar pela direita!!! Tem hora que eu fico quase louca. É motoqueiro me ultrapassando pela esquerda, pela direita, é carro que entra na minha frente, é pedestre que anda no meio da rua, enquanto a calçada fica deserta, é motorista buzinando atrás de mim... afff.... Nunca vi tanta moto concentrada num metro quadrado como aqui...
E os buracos???? Meu carrinho sofre, coitado...
Agora, se tem duas coisas que compensam, e muito, são: as pessoas e a comida. Hum... É um povo educado, acolhedor, alegre... Fiz amizades aqui e posso dizer que são muito especiais pra mim. Muito mesmo. A comida... hum... mmm... que delícia!! Adoro almoçar no Libanus. Amo a pizza do Mirante e do Primo's. Adoro o Açaí daqui. O peixe do Katyá e do Panela de Barro é esplêndido. Adoro a pamonha!!! E etc e etc... Eu poderia listar vários aqui. O tempero é realmente delicioso.

Quarto flash: Igreja.
Entendi que às vezes Deus precisa nos tirar da nossa zona de conforto para que possamos ver melhor, e agir. E creio, verdadeiramente, que é isso que tenho vivido aqui. Por estar longe daqueles que tanto amo, fico mais vulnerável, não sei. E, por essa razão, fico mais dependente de Deus. De uma coisa estou certa: a minha caminhada com o Pai tem se desenvolvido, dia após dia. E isso tem feito de mim uma pessoa melhor, em todos os sentidos.

Quinto flash: meu cantinho.
Se há uma cena que ficará registrada na minha mente, certamente será essa: Eu, na rodoviária de Goiânia, a caminho de Araguaína, uma cidade desconhecida pra mim. Bagagem: 3 malas médias e 2 caixas com livros. Coração: medo, curiosidade, aperto. Olhos: lágrimas ameaçando aparecer durante o abraço de despedida. Na mente: a ansiedade pra começar a viver algo novo. Hoje, depois de pouco mais de um ano, vejo o quanto Deus me abençoou. Moro num lugarzinho aconchegante, calmo. Fico feliz de olhar e ver que tenho tudo o que preciso e que Deus tem suprido minhas necessidades. Adoro cuidar do meu cantinho, amo cozinhar, e não tenho preguiça de fazer comida só pra mim. Aliás, diga-se de passagem, tem dia que eu preparo um verdadeiro banquete pra mim, pois eu mereço né, rsrsrs.... É tão bom ver tudo organizado, simples, cheio de amor, paz e alegria. Um lugarzinho pra chamar de meu.

Sexto, sétimo, oitavo, nnnssss flashes eu poderia mencionar. Mas, por enquanto, é só.

domingo, 10 de abril de 2011

Reclamar X Agradecer

É desagradável ficar perto de alguém que está sempre reclamando de tudo por achar que nada está bom o suficiente. Reclama que está chovendo muito, por isso as roupas não secam e/ou não podem passear. Outras reclamam do calor tremendo. Há aqueles ou aquelas que reclamam do cabelo, da roupa, da comida, do carro que levou um arranhão, disso, daquilo, daquilo outro e por aí vai uma lista quase infinda. Não sobra tempo para agradecer.
Então me lembro da história do povo que Moisés conduziu até a terra prometida. A travessia pelo deserto, que não seria mais que 18 dias, levou 40 anos, tudo por causa de murmuração.
As pessoas que tendem a só reclamar e a reclamar de tudo, gastam muito tempo nisso e esquecem de olhar para o que tem e agradecer. Não agradecem por nada ou quase nada. Imagino o quanto Deus fica triste em proporcionar tanta coisa linda e boa, mas muitos não reconhecem.
Dias atrás eu recebi um vídeo. Fiquei tão tocada que fui pro google atrás de mais informações sobre a pessoa do vídeo. Encontrei um monte de coisas. Não dava pra guardar só comigo. Até preparei uma aula sobre o tema para os meus alunos na universidade. Foi muito bom!!!
Uma das coisas que Nick Vujicic, personagem central do vídeo, disse e que me tocou muito foi:
"Eu pensava que tipo de marido eu serei se nem ao menos posso segurar a mão de minha esposa?
(...)
Então percebi que, quando a hora chegar, poderei segurar seu coração, e pra isso não precisarei de mãos".
Compartilho o vídeo com vocês:




No site de Nick, uma das coisas que mais me tocou foi um dos depoimentos em que a pessoa disse que ter descoberto que há 24 anos tem uma mão direita, todavia nunca a usou como deveria.


Isso só me faz pensar que:
"The most serious disability is not the physically or mentally, but it's the emotionally one.
All people have a heart, but not everybody uses it in a good way."

by Rejane

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Luz suficiente

Ás vezes toda a luz que tenho
Ilumina apenas o lugar onde estou,
Ou só um passo à frente.
Deus me dá apenas a luz que preciso,
No momento em que preciso.

Nesses momentos eu caminho pela fé,
Incapaz de enxergar o futuro e sem compreender totalmente o passado.
Deus me deu a luz que preciso,
E por isso sei que devo rejeitar o medo
E a dúvida que ameaçam me tragar.
Tenho de escolher estar contente onde estou,
Permitindo que ele me leve para onde preciso ir.
Caminho adiante,
Dando um passo de cada vez,
Confiando totalmente que a luz que Deus derrama sobre meu caminho
É tudo o que preciso.

by Stormie Omartian

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Parque de diversões

Sempre gostei de parque de diversões. Mas confesso que fui pouquíssimas vezes quando criança. Papi e mami não tinham dindim suficiente pra levar os três filhotes. Então, me lembro de um passeio, um só.

Fomos de excursão. Parque Mutirama, Goiânia. Isso significa muita mãe correndo atrás de criança. O lugar era gigantesco, ao menos, assim era a percepção que eu tinha das imagens que me chegavam aos olhos. Brinquedos? Inúmeros. Alguns ainda desconhecidos na época. Sei que brinquei na xícara maluca, que me deixou bem tonta; no carrossel, com réplicas lindas de pôneis; e de montanha russa. Tinha outros, é claro. Mas não me lembro.

Nunca fui adepta a esportes e/ou atividades que requeiram alta descarga de adrenalina. Não gosto de passar medo. É isso. Gosto de segurança, o que não significa que eu me arrisque vez ou outra. Então por que a tonta aqui andou na montanha russa? Sei não. Curiosidade, talvez. Confesso que foi empolgante e divertido em alguns pontos, mas o contrário em outros.

Enfim, após brincar muito e comer muita coisa gostosa (algodão doce, pipoca, refrigerante e outras besteirinhas), voltamos pra casa. Exaustos. Satisfeitos. Teria sido perfeito se não fosse por meu balão de bichinho que me escapou das mãos. Ele, livre, aventurando-se pelo céu azul. Eu, triste, olhando ele ir embora.

Já adolescente e adulta, ganhando alguns trocados, fui a outros parques. É claro que outros brinquedos surgiram. É claro que não ouso a desafiar a lógica do bom senso e andar de carrossel de novo, mas confesso que AMMUUUUU brincar de carrinho de batida. Sim, uma muleca de quase 30 setembros, brincando de carrinho de batida. Feliz, que fique registrado.

Existem muitas metáforas pra vida: viagem (de trem), música, dança, livro... e sim, parque de diversões. Ficamos maravilhados com a chegada de um brinquedo novo, nova fase em nossa vida. E então o moço que controla o brinquedo pede que deixemos nossos pertences num cantinho, porque não podem entrar conosco no brinquedo. Pai e mãe ficam ali, felizes por nos ver tão alegres, mas apreensivos, pois são protetores. Nem sempre dá pra levar certos itens na bagagem. É quando temos que deixar pessoas e coisas para trás e/ou de lado para iniciar uma nova etapa em nossa jornada – “Uma dor que desatina sem doer”, já dizia Camões.

Vez ou outra, sinto-me perdida nesse parque de diversões. O brinquedo-mor, a saber a Sra. Dona Montanha Russa, encarrega-se de me transportar de um extremo a outro. E então, visito e revisito os ups e downs. Ainda bem que não é Roleta Russa, pois não me alegra o off.

Eu poderia ficar só de platéia e olhar os outros adquirindo seus “passaportes” na bilheteria e embarcando em cada brinquedo. Eu poderia rir dos gritos espalhafatosos, ou me preocupar com aqueles que se sentem mal. E seria só isso. Só papel de platéia. E a audiência iria se tornando cada vez mais singular, previsível, monótona. Uma mesmice que mata. Ou... poderia usar o meu bilhete de viagem e ir. Sei que risos e gritos iriam se duelar, numa tentativa de se sobrepor um ao outro. Não sou masorquista. Entenda. Mas o medo e a dor, tal qual a alegria e o prazer, garantem-me a sensação de estar viva. E acho que é o que me impulsiva a prosseguir.

São brinquedos que podemos encontrar em instancias diversas: família, trabalho, relacionamentos. Uns mais audaciosos que outros. Alguns brinquedos trazem uma alegria ímpar, por mais singulares que sejam. Outros quebram ou, simplesmente, deixam de funcionar. Há aqueles que são substituídos a despeito de alguns que são entregues ao esquecimento, pois não se fabrica mais. Espero que tenha ficado claro que o vocabulário aqui tem sido metaforicamente usado. Ambigüidades não seriam apropriadas neste momento.

As vezes queria ser só uma simples garotinha, imersa em seu algodão doce colorido, alheia às inúmeras tentativas de apitos do guarda do parque de captar minha atenção. E esse momento-casulo talvez me permitisse passar de uma fase a outra, sem muitos riscos e exposição, ainda que sofrível. Eu disse “às vezes”. Isso significa que não é pra sempre. Sempre é muito tempo, tempo demais até. Então, isso me permite desejar estar na montanha russa, lá em cima, ainda que com medo, mesmo que isso libere a não-desejada adrenalina.

Lembro de uma criança que cortou o pé no dia da excursão do parque. Sangrou muito. E ela berrou muito. A mãe solicitamente lavou o pé da criança, improvisou um curativo e minutos depois já estava ela a brincar novamente. Não chorou mais por causa do machucado. As vezes meu coração chora porque sente dor, e então externalizo com lágrimas. Se não fosse pelo sangue, pela dor, a criança travessa teria continuado as estripulias e seu pé teria ficado estraçalhado, certamente. E isso me faz pensar acerca da dor que sentimos no coração. É obvio que ela é o sinal dado para que paremos, revisemos onde estamos pisando, o que estamos fazendo para causar isso. E paramos ou pegamos outro rumo, mais seguro talvez, e prosseguimos até aonde a lucidez nos permitir.

Não se sabe o que é um parque de diversões até que todos os brinquedos sejam provados. O parque deixa de ser de diversão quando se vai sozinha a ele ou quando não há ninguém lá. Não se vive a vida até que todas as instâncias sejam intensamente vivenciadas, seus encantos e deslumbres sejam descobertos.

Desculpe. Tenho que ir, chegaram brinquedos novos no parque e quero conhecê-los. E a fila está grande.

Beijo com sabor de algodão doce.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Ali e lá...

Quando me perguntam onde moro, sempre respondo, é claro: Araguaína, em Tocantins. "Nossa, mas lá? É tão longe!" Eu, mais do que depressa, sugiro que substituam o "lá", por 'ali'. Mesmo sabendo que esse "ali" significa 1200km entre o lugar onde minha família está e o lugar onde estou. 'Ali' me proporciona uma falsa sensação de que eles estão perto de mim. E assim eu vivo os dias.

Há algo de estranho em tudo isso: O 'ali' e o 'lá' se fundem e se confundem nos tais 1200km de tal maneira que algumas horas atrás eu estava lá com minha familia e agora estou aqui, sem ela. São as peripecias do tempo e do espaço que fazem o ser humano se locomover por aí... experienciando a vida... experienciando a alegria, a tristeza, a satisfação de estar junto, a nostalgia por estar longe...

A incerteza, por muitas vezes, me intrigou. Não saber o que e como vai acontecer me incomodou por muito tempo. Decidi, então, viver o hoje, que nem é tão certo assim, mas é o que está mais perto. E o futuro fica um pouco mais a frente, envolto em mistérios que o faz, de certa forma, ser atraente, ser esperado.

Planos pra 2011? Sim, tenho vários. O principal deles: VIVER E SER FELIZ!!! Apreciar a companhia dos amigos, da família (quando possível), me emocionar ao assistir um filme de romance, rir de coisas simplórias da vida, contemplar a magnitude de Deus em todas as coisas, me esbaldar moderadamente no chocolate (amo pizza de banana com chocolate!!!), conhecer lugares novos, apreciar até mesmo o silêncio (é quando consigo ouvir melhor a voz do Criador).

2011 já entrou em cena. A "música" que vamos dançar em tal cenário, bem, estou certa de que depende de nossa escolha, pois os passos, o ritmo, se vamos dançar sozinhos ou com alguém cabe a nós. A minha música eu já escolhi.
 
Um abraço a todos e Feliz 2011!!!!!