segunda-feira, 18 de julho de 2011

Primeiros escritos...

Quando criança, eu preferia lidar com as letras a lidar com pessoas. E essa timidez se responsabilizava por me manter reclusa horas e horas no quarto. Então, eu lia e escrevia. Adorava ler histórias de amor, e chorava, nos meus primeiros escritos, amores que não tive. Escrevi versos e até insinuei alguns poeminhas.
Nesses dias que estou passando em terras goianas, vejam só!!! Encontrei um caderno de versos e um outro de poemas na casa de meus pais. Relendo-os hoje percebo que cada escrito revela a inocência, imaturidade e uma visão romântica (se não sofrida) que eu tinha da vida.

Quero compartilhar aqui um poema que escrevi onde conto um acontecido triste (hoje cômico! rsrs...) há muitos anos atrás quando passava férias na casa de uma tia muito querida. Então, vamos lá, aos primeiros escritos de Dona Rejane:

Um incêndio em minha vida

Era ainda manhã
quando tudo aconteceu
tenho certeza de que disso
nem eu nem ninguém esqueceu.

Não tenho saudade
só quero lembrar
daquele fogo
que tivemos que apagar.

Começou inocente
ninguém percebeu
pequenino talvez brasa
logo ele cresceu.

Não havia meios
a ajuda era pouca
por momentos confesso
achava qeu estava louca.

O fogo estava muito quente
perto não havia como chegar
recorríamos às vasilhas
procurando àgua carregar.

Uma multidão se formou
na esperar de apagar
aquele fogo danado
que fazia minha tia chorar.

Homens e mulheres naquela luga
havia até uma criança
querendo apagar o fogo
restava só a esperança.

Mas a ajuda veio logo
o fogo era mais fraco que nossa união
e aos poucos foi cessando
restando apenas cinza e carvão.

É uma pena, mas não registrei a data. Imagino que deve entre 15 a 20 anos que escrevi esse poema.

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