sexta-feira, 22 de julho de 2011

Homem também tem sentimento

Minha mãe sempre diz que acha bom ver homem chorando por uma mulher, é sinal de sentimento sendo demonstrado. Prefiro dizer que gosto de ver homem demonstrando a sensibilidade, o sentimento. E só, não precisa necessariamente sofrer e chorar. Sou menos masorquista que ela, rsrsr...

Ontem "encontrei" um amigo no msn e descobri que ele é um poeta, vejam só. E escreve muito bem, expressa sentimentos através das palavras e isso me faz refletir e acreditar que ainda há homem que tem coração (apesar de muiiiiiiitos provar o contrário, rsrsr...).

Pedi permissão pra ele pra divulgar seu escrito e ele deu sinal verde. Então, vamos lá:

Escrito de Elisio

Tive vontade de dizer que gostaria de transformar o que eu sinto por você em algo que me fizesse bem tive vontade de dizer pra mim que, eu não gosto de você e que tudo é ilusão...
foram boas impressões, bons momentos e nada mais
tive a vontade de calar e sentir o que o coração realmente poderia me "falar",
mas ele só "borbulhava" com medo de saber o fim
tive a vontade e nessa vontade o meu desejo se fez e faz presente em sua boa companhia
tenho a vontade de dizer que gosto,
que quero e que isso pode ser apenas o início de algo que talvez neguemos
tenho a vontade de dizer que a pequena história vivida, velada e construída, pode ser menos dolorida
tenho a vontade e você é o que gera isso em mim
tenho a vontade da intenção, do desejo latente que cresce e respira em mim/vive

Após ler o que meu amigo escreveu, fico pensando... Entre o "tive" e o "tenho" há um caminho de tentativas, de "não", de "sim", de risos, de lágrimas, de alegrias, de frustrações... E quando se fala em relacionamento, o homem e a mulher vivem as mesmas coisas, acho que talvez o que muda é a visão, a mulher tem uma visão mais romântica da vida, dos relacionamentos, acho que colorimos demais o outro e quando percebemos, ele é cinza... (que também é uma cor, bonita por sinal, que se registre!!!).

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Primeiros escritos...

Quando criança, eu preferia lidar com as letras a lidar com pessoas. E essa timidez se responsabilizava por me manter reclusa horas e horas no quarto. Então, eu lia e escrevia. Adorava ler histórias de amor, e chorava, nos meus primeiros escritos, amores que não tive. Escrevi versos e até insinuei alguns poeminhas.
Nesses dias que estou passando em terras goianas, vejam só!!! Encontrei um caderno de versos e um outro de poemas na casa de meus pais. Relendo-os hoje percebo que cada escrito revela a inocência, imaturidade e uma visão romântica (se não sofrida) que eu tinha da vida.

Quero compartilhar aqui um poema que escrevi onde conto um acontecido triste (hoje cômico! rsrs...) há muitos anos atrás quando passava férias na casa de uma tia muito querida. Então, vamos lá, aos primeiros escritos de Dona Rejane:

Um incêndio em minha vida

Era ainda manhã
quando tudo aconteceu
tenho certeza de que disso
nem eu nem ninguém esqueceu.

Não tenho saudade
só quero lembrar
daquele fogo
que tivemos que apagar.

Começou inocente
ninguém percebeu
pequenino talvez brasa
logo ele cresceu.

Não havia meios
a ajuda era pouca
por momentos confesso
achava qeu estava louca.

O fogo estava muito quente
perto não havia como chegar
recorríamos às vasilhas
procurando àgua carregar.

Uma multidão se formou
na esperar de apagar
aquele fogo danado
que fazia minha tia chorar.

Homens e mulheres naquela luga
havia até uma criança
querendo apagar o fogo
restava só a esperança.

Mas a ajuda veio logo
o fogo era mais fraco que nossa união
e aos poucos foi cessando
restando apenas cinza e carvão.

É uma pena, mas não registrei a data. Imagino que deve entre 15 a 20 anos que escrevi esse poema.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Uma história que não foi escrita

Quando acordo, escolho a roupa que vou vestir; como vou deixar o meu cabelo, se solto ou preso; se vou comer pão, bolacha ou fruta; se vou beber café, leite ou suco.

Quando entro no carro, escolho se vou ouvir música ou não, e qual música.

Escolho como será minha aula, que atividades vou propor aos meus alunos.

E tudo isso me faz pensar em quantas escolhas fazemos todos os dias. Há algumas tão simples, quase automáticas. Outras são tão difíceis que às vezes as retardamos na tentativa de evitar quaisquer possibilidades de erro, de sofrimento.

A verdade é que sim, Deus nos dá liberdade para fazermos escolhas. Ele nos orienta, nos mostra caminhos, mas a decisão cabe a nós. Isso é fato.

Ao longo da minha vida (quase 30 setembros), fiz muitas escolhas. Algumas acertadas, outras erradas e há, ainda, aquelas totalmente erradas. Há algumas das quais nos arrependemos. E é sobre uma delas que quero falar aqui.

Sabe aquele amigo tão especial pra você, que faz parte dos seus dias, da sua vida? Aquele que você via todos os dias? Então, eu tive um desses. O fato é que essa amizade ficou colorida demais na minha cabeça e um arco-íris se formou no meu coração. Não sei quando, mas a verdade é que me apaixonei por esse amigo, apesar de sermos ainda tão jovens.

Estudávamos juntos, compartilhávamos lanches, alegrias, tristezas, sonhos... mas esquecemos de compartilhar o amor que sentíamos um pelo outro. Sim, depois de muitos anos, quando o sentimento parecia estar apagado, descobri que ele me correspondia. Mas, a essa altura, já estava eu noiva e ele, pra variar, num estado bem distante do meu Goiás.

Até hoje não entendo porque nossas vidas tomaram rumos tão diferentes, se éramos tão parecidos. Gostávamos de sorrir juntos, de estudar juntos, de sonhar juntos, de estarmos juntos, de olhar um para o outro...

Escolhemos profissões diferentes.

Escolhemos estados diferentes.

Escolhas diferentes.

E a verdade é que me arrependo.

Arrependo-me do namorado que não tive,

Do beijo que nunca foi dado,

Da vida ao lado dele que nunca vivi.

Arrependo-me de não ter compartilhado esse sentimento

Quando isso poderia mudar o rumo das coisas.

Arrependo-me de ter calado a boca quando meu coração gritava.

Arrependo-me de ter me deixado engessar pelo medo de ser incompreendida, rejeitada.

Arrependo-me.

Ainda sofro ao tentar ler a história que não escrevi, ao tentar trazer à memória vivências que não existiram, simplesmente porque aos personagens não dei vida nem voz. Uma página que ficou em branco na minha vida.

Hoje, fica a lembrança da ternura na sua voz que raramente ouço,

fica a lembrança dos seus olhos que buscavam encontrar os meus,

fica a lembrança do aconchego do seu abraço,

fica seu sorriso que fazia o meu dia mais feliz.

Ahhh... e essas lembranças me são tão caras, tão especiais... porque são, simplesmente, a única coisa que restou de uma história que não escrevi.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Das coisas que me estressam...

O título deste post já diz tudo: estou estressada.
Tô trabalhando muito, final de semestre letivo é sempre uma loucura e tenho que fazer malabarismo com as horas pra conseguir fazer tudo o que preciso.
Mas a causa do stress é outro. Tem gente que me deixa nos nervos. E olha que me considero calma. Mas tem gente que é tão sem noção que, meu povo, dô conta não viu...
Então, vamos lá pra lista:

1) Primeiro da lista: as criaturas abençoadas que estacionam na frente da minha garagem. Afff... Será que o portão da garagem não diz nada? Será que a placa "Não estacione / Garagem" não está num português compreensível? Será que custa tanto estacionar um pouco mais a frente ou um pouco mais atras? Tem que ser justo na frente da minha garagem? Aí... sabe o que acontece... eu tenho que sair de apartamento em apartamento procurando o proprietário do veículo e pedi-lo pra tirar o carro dele de frente da minha garagem porque eu quero guardar o meu carro. Já perdi as contas de quantas vezes isso aconteceu.

2) Pedestres que amam andar no meio da rua. As calçadas??? Acho que são invisíveis, porque eles não veem. Só andam no meio da rua e as vezes tenho que parar o carro, ficar olhando pra ser se o abençoado se manca e percebe que estou querendo passar.

Tem outros itens da lista sim. Mas como hoje a cena se repetiu de novo e estou "P" da vida, preciso desabafar sobre o acontecido.

É isso.