quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Indignação!!!

Eu fico indignada como algumas pessoas resolvem (ou tentam resolver) seus problemas. Algumas são sábias, é claro. Procuram analisar os fatos, achar as causas, compreender diferentes pontos de vista, identificar os erros e, então, buscam soluções. A essas pessoas, meus parabéns!

Outras porém, só lamento. É incrível como conseguem reunir tanta idiotisse, mediocridade e sei lá mais o quê. A essas, meu repúdio!!!

Como de costume, hoje pela manhã preparei meu café e me sentei em frente ao computador pra saber das notícias. E, entre tantas (a maioria ruins!), me deparei com uma que me entristeceu muito: O assassinato de um professor. Motivo: um aluno, insatisfeito com a nota da prova, resolve esfaquear o professor. Poxa, é assim que um idiota desses resolve seus problemas??? Não seria mais fácil esse imbecil estudar, se esforçar mais, pra tirar boas notas? Não seria mais inteligente reconhecer que errou, que deveria ter se dedicado mais, que a responsabilidade da nota baixa é sua e só sua??? 

E a família desse professor? Ele tinha esposa, filhos, amigos, sonhos, projetos... e tudo isso interrompido por um idiota e covarde. E agora, será que esse moço resolveu seu problema com a nota? Ele pode até ter externado a sua raiva e se sentir satisfeito por vingar-se. Mas estou certa de que ele criou vários outros problemas.

Sabe o que me assusta? É pensar quantos psicopatas estão soltos por aí. Cruzamos com eles nas ruas, nos supermercados, nas lojas, nas instituições de ensino... Estão aí, imprevisivelmente escondidos em tantas máscaras na sociedade.

Essa notícia me faz pensar sobre como as pessoas lidam com seus problemas nas mais diversas instâncias.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A tecnologia do abraço

Já falei em outro momento da importância do abraço em nossas vidas. Pois bem, recebi hoje, por e-mail, o seguinte texto. Compartilho com vocês!!!


A tecnologia do abraço - por um matuto mineiro

O matuto falava tão calmamente, que parecia medir, analisar e meditar sobre cada palavra que dizia...
- É... das invenção dos homi, a que mais tem sintido é o abraço.
O abraço num tem jeito di um só aproveitá! Tudo quanto é gente, no abraço, participa uma beradinha...
Quandu ocê tá danado de sodade, o abraço de arguém ti alivia...
Quandu ocê tá cum muita reiva, vem um, te abraça e ocê fica até sem graça di continuá cum reiva...
Si ocê tá feliz e abraça arguém, esse arguém pega um poquim da sua alegria...
Si arguém tá duente, quandu ocê abraça ele, ele começa a miorá, i ocê miora junto tamém...
Muita gente importante e letrado já tentô dá um jeito de sabê purquê qui é, qui o abraço tem tanta tequilonogia, mas ninguém inda discubriu... Mas, iêu sei!
Foi um ispirto bão de Deus qui mi contô..... Iêu vô contá procêis u qui foi quel mi falô:
O abraço é bão pur causa do Coração... Quandu ocê abraça arguém, fais massarge no coração!... I o coração do ôtro é massargiado tamém! Mas num é só isso, não...
Aqui tá a chave do maió segredo de tudo:
É qui, quandu nois abraça arguém, nóis fica cum dois coração no peito!...

INTONCE...
UM ABRAÇU PRÔ CÊ!!!!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Desempoeirando o blog, notícias breves e exportação de lixo para o Brasil

Cof... cof... cof... eita, como esse blog aqui está empoeirado, afff... Tira poeira daqui, tira dali, limpa acolá e... pronto!!! Acho que o bloquito consegue respirar um pouco agora. E, aí? Vamos conversar um pouco hoje?

Então. Pra quem estava esperando um texto sobre minha vida amorosa, profissional, familiar, (sei lá mais o que...), vai ter que esperar um pouquitico mais. Mas, porém, todavia, contudo... saibam que estou bem. Aliás, ÓTIMA! Mamãezinha veio pro Tocatins, tá em mi casa = comidinha deliciosa e mais mil mimos!!! Ahhhhhh... trem bão dimais da conta, sô!!!

Então. Mudando radicalmente de canal, emissora e programação, hoje eu quero falar sobre lixo. É, lixo mesmo.

Não quero ser chata (mas, provavelmente já sendo pra muitos! E quero mesmo é incomodar esse povito!!!), eu me incomodo muito com o lixo. Eu fico P da vida quando estou viajando e, pelas estradas, vejo muito lixo, principalmente sacolinhas de plástico voando. Acredito que pessoas que fazem isso, pensam: "Ah, deixo meu lixo aqui. Se não estou vendo ele perto de mim, então, não me incomodo". É, só que o lixo vai incomodar (e já incomoda!!!) MUITA gente.

Sei que há muitas cidades, países até, onde não há uma política adequada para cuidar mais da limpeza urbana (e rural!!). Mas também, por outro lado, vejo que não é só responsabilidade do governo dar conta desse problema. Cada um de nós temos que fazer a nossa parte. Lixo no lixo, coleta seletiva, reciclagem. São medidas que podem amenizar bastante o problema.

Gente, como se não bastasse toda essa situação, estão exportando lixo para o Brasil!!! Pode uma coisa dessas??!! Pois é, tem país por aí que resolveu que não quer mais o próprio lixo e manda pro Brasil (até parece que aqui já não tem e produz lixo suficiente pra nos preocupar). Sei que esse fato aconteceu há pouco mais de 1 ano, mas... dia desses me lembrei e fiquei com uma raiva danada. Eita povinho das Europa custoso!!!

O que me precupa??? Bem, vejamos: lixo + desmatamento + queimadas + CFC + aquecimento global + efeito estufa + mudanças climáticas + poluição + corrupção + mais um monte de coisa ruim!! Alguém aí me diz onde é que vamos parar? Gente, eu estou preocupada (pra não dizer desperada mesmo!!).


Assista o vídeo e diz aí o que acha.

domingo, 5 de setembro de 2010

O valor de um abraço


Eu não sabia precisar o impacto de um abraço na vida de uma pessoa até eu sentir falta de um. Quando cheguei aqui em Araguaína, passei por aquela fase complicada de adaptação. Sentia falta da família, dos amigos, da minha pet... Mas, por outro lado, eu estava feliz por estar aqui... a verdade é que eu estava confusa, não sabia direito o que me levava a ficar tão triste em alguns momentos.

Só me dei conta mesmo em certo dia quando fui à igreja. Uma mulher, bem jovem, se aproximou de mim, se apresentou e ficamos ali conversando até o culto começar. No final, ela se despediu de mim e me deu um abraço, longo e intenso. Foi daí que percebi que eu estava sentindo falta de abraçar as pessoas e, o pior, percebi que não fazia isso há algum tempo. Ah... não deu outra. Aos domingos, eu já chegava na igreja procurando essa moça para o momento do abraço. O abraço dela tem um poder mágico. É um abraço sem pressa, que compartilha paz, transmite carinho, reacende o que há de humano em mim.

Foi depois disso que comecei a meditar sobre o papel do abraço na vida das pessoas, o quanto algumas têm dificuldade de abraçar, de demonstrar afeto, de revelar que precisam do outro. Refleti também sobre as diferenças entre um abraço mecânico e um abraço humano. Sei que em algumas ocasiões só há espaço pro abraço mecânico, dada a formalidade do momento, mas... o que precisamos mesmo é do abraço humano, aquele que dá tempo de sentir o cheiro do outro, o calor da pele, o pulsar do coração, a intensidade do sentimento...

Gostaria de ilustrar meu post de hoje com um vídeo que encontrei enquanto “andava pelas ruas da internet”.




Uma das coisas que achei mais interessante no vídeo é como um abraço traz cor à vida das pessoas!!!

E aí, já abraçou alguém hoje?

\o/

terça-feira, 31 de agosto de 2010

10 coisas que você ainda não sabe sobre mim

Quero agradecer a todos que sempre visitam meu cantinho: amigos, amigos-blogueiros, alunos, ex-alunos, entre outros... a todos vocês: MUITO OBRIGADA! Este é mais um espaço pra nos encontrarmos, conversarmos, compartilharmos conhecimento e experiências. Saibam que vocês são bem vindos sempre!

Bem, então vamos ao propósito da postagem de hoje. Esta brincadeira foi proposta por minha amiga Flávia Iolanda, do blog Nelumbo Nucifera. Depois de rir muiiiiiiito com o texto dela, é hora de fazer o meu. Vamo lá, pessoal!!!

1.Tenho uma cadelinha linda, elegantérrima, chamada Cherry, que fica na casa de mama e de papi. Quando vou pra lá, é sempre uma festa! Ela fica tão feliz (e eu também)!!! Ela dorme no meu quarto e, de madrugada, não resisto ao charminho dela e acabo sempre compartilhando minha cama com essa fofuxa. Mas a bichinha é “braba” e ciumenta. Se estou no quarto, ela não gosta que ninguém entra. Sentar na cama perto de mim, então, ihhhhhh nem se fala. Rosna parecendo um leãozinho. Quando ela fica no quarto da minha mãe, é uma luta pro meu pai conseguir deitar na cama (Juh, acho que a Cherry é parente da cadelinha da sua família!).

2.Odeeeeeeio filme de terror! Pra mim, não tem castigo maior do que ter que assistir uma aberração dessas. Às vezes que já assisti filmes assim, era um sofrimento danado pra dormir. Eu olhava debaixo da cama, dentro do guarda-roupa, atrás das cortinas... o medo era tão grande que eu acabava indo dormir no quarto da minha mãe. Não assisto mais! Por outro lado, amo filme de romance (comédia e ficção também). Chorooo horrores em algumas cenas e quando assisto o filme novamente, choro de novo!!!

3.Tenho miopia e astigmatismo, desde meus 12 aninhos!!! Todavia, prefiro revezar entre os óculos e as lentes de contato a ter que me submeter a cirurgia!!!

4.Já passei vergonha perto de namorado! Aff.... Certa vez, bem no início do namoro, estávamos no portão nos despedindo. O problema é que a despedida estava demorando demais e eu louca pra ir ao banheiro. Ihhhh... não deu outra. Num dos abraços apertados que o dito cujo me deu, não agüentei e acabei soltando um “pum”. A descarada aqui só olhou pra ele e disse: “Ihhh... um pum”. Só que o bendito não saiu tudo da primeira vez e teve o repeteco. Olhei pro mocinho de novo e disse, com a cara mais lavada: “Ihhhh... outro”. Fiquei suuuuuuuper sem graça e disse: “É... eu preciso entrar”. Ele nem riu, falou tchau e se foi. Quando eu entrei em casa, quase morri de tanto rir. Eu tinha poucas semanas de namoro.

5.Sou pão-dura, mão-de-vaca (alguém aí sabe mais algum termo pra expressar essa característica???). Anoto tudo o que gasto, tento gastar só o necessário, pechincho e sempre guardo uma parte do meu salário. Minha mãe diz que sou o oposto dela nesse sentido.

6.Adoro festa de aniversário! É pra ter festa??? Peraí... vou ali buscar balão, chapeuzinho e os docinhos. Amuuu quando a familhança e alguns amigos se reúnem, ficam conversando, rindo, crianças correndo pra lá e pra cá (só não gosto muito dos gritos!!). Sou a fotógrafa de plantão.

7.Quando criança, eu tinha pavor de bêbado (aliás, até hoje ainda tenho!!!). Lembro que quando eu via um tio, que sempre bebia, chegar na minha casa, eu corria e me escondia no quintal e ficava lá até ele ir embora. Meus irmãos iam lá, conversavam comigo pra eu voltar, até me ameaçavam. Mas, não tinha jeito. Só voltava pra casa quando a visita já tinha ido.

8.Eu O-D-E-I-O quando tem alguém perto de mim e, do nada, essa pessoa começa a “limpar o nariz”. AAhrgggggrrrrrrrr... que raiva! Que nojo! Por que a pessoa não vai pro banheiro ou outro lugar mais apropriado pra fazer isso?? A pessoa faz isso, não lava a mão e, depois de algum tempo, se esquece e continua a agir naturalmente! Ai que raiva.

9.Não gosto quando alguém chega por trás de mim e, pra me assustar, cutuca minha costela. Aliás, pensa numa mulher “braba”! Eu já dei uns bons tapas e gritos com pessoas que se aventuraram a fazer isso. A verdade é que eu me descontrolo totalmente, fico muiiiiiiiiiiiiito irritada, nervosa, grilada, “P” da vida mesmo e etc...

10.Hum... a número 10 está difícil. Quando eu me lembrar de algo, volto aqui e atualizo.

Repasso a brincadeira para os meus amigos:

- Michele
- Vagner
- Mishal

E pra terminar este post, o que ainda não sei sobre você? Diz aí...

domingo, 15 de agosto de 2010

Caminhos...

Costumo falar que "somos o que escolhemos ser". Às vezes, nossas escolhas são boas, outras não. Mas, nunca saberemos se não vivermos. O desconhecido pode trazer medo, estranheza, ansiedade... mas pode também trazer alegria, conhecimento, aprendizagem e prazer. Repetir o caminho pode ser algo confortável, seguro, mas é previsível e, talvez, até monótono. Escolher um caminho novo pode ter sim suas armadilhas, mas pode nos proporcionar muita coisa boa. E falo isso referindo-me a todas as áreas de nossa vida.

Eu já estava acostumada com minha vida em Bela Vista, cidade da minha família. Sempre a mesma coisa, rotina por si só previsível: levantar cedo, pegar o bus pra trabalhar, trabalhar, voltar pra casa, trabalhar de novo e de novo, ir pra igreja, dormir, acordar, pegar o bus ... Essa previsibilidade trazia a certeza de como seriam os meus dias. Segurança por um lado, mas nada de novo por outro. Era hora de mudar.

Vir pra Araguaína/Tocantins foi uma aventura. Muitos acharam que era loucura minha. No começo eu até acreditei nisso. Foi muito difícil no início. Cidade nova, emprego novo. Eu tinha que começar do zero, essa era a verdade. Eu já relatei aqui, em outros momentos, como foi a minha vinda. Senti medo? É claro que sim. Aliás, senti angústia e chorei várias vezes. Mas, também tenho que falar o quanto tenho aprendido aqui, o quanto tenho crescido como profissional e, principalmente, COMO PESSOA. Hoje sei que tomei o caminho certo, fiz a escolha certa. E não me arrependo.

Tenho saudade de casa? Da família? Da Igreja? Dos amigos? É claro que sim, mooooooorro de saudade de todos. Pra mim, não há prazer maior do que comer a comida da minha mãezinha, brincar com minhas sobrinhas e ver (babar) o quanto elas estão lindíssimas (tia modesta, né? Hihihi...). É muito bom abraçar meus irmãos e cunhadas, conversar com meu pai, ir pra Igreja que tão bem me acolheu, sorrir com meus amigos. Sem falar da minha Cherry, cadelinha de estimação fofíssima. Eles me fazem muita falta. Mas, também gosto de estar aqui, de viver tudo o que estou vivendo. Isso é experiência, é aprendizagem.

Se quero voltar? Quem sabe um dia. Bela Vista é sim o meu xodó. Aprendi a vê-la com outros olhos e a identificar o que ela tem realmente de bom. Tenho planos sim de, quem sabe, voltar a morar lá ou ao menos perto de lá. Mas, agora, estou aqui e aqui é onde quero estar nesse momento. Por isso, sou feliz. Entendi que devo ser feliz onde eu estiver, onde Deus me colocar. Quanto tempo ficarei aqui?? Boa pergunta. Eu não sei, definitivamente. Mas sei de alguém que sabe essa resposta: Deus. Eu o tenho buscado com intensidade e deixo o controle da minha vida com Ele. Ele me trouxe pra cá, portanto, Ele sabe a hora de voltar.

Posso até voltar amanhã, não sei. Mas, tenho a certeza de que terá valido muito a pena essa experiência, conhecer lugares e pessoas maravilhosas! Entendi que há mundo depois da zona de conforto (que pra muitos se torna zona de esconderijo). E quero conhecer esse mundo.

Gostaria de compartilhar um poema lindo e que fala sobre isso, escolhas que fazemos em nossas vidas e o que elas representam pra nós.



The Road Not Taken

TWO roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I—
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.

(Robert Frost (1874–1963). Mountain Interval. 1920.)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Importância e humildade

Detesto quando alguém, pra se mostrar, fala algo do tipo: "Ah, eu não te liguei porque estava na concessionária comprando o meu crossfox!", ou "Ah, o que fiz neste final de semana? Uai... fui pra fazenda com uns amigos, o Silvio Santos estava lá!". Será que não bastava dizer que não ligou porque não pôde, estava ocupado? Pra mim, a pessoa quer é se mostrar, se exibir falando que comprou um carro X, ou outra coisa. E daí se o Silvio Santos, a Sharon Stone, o Tom Cruise ou qualquer outro famoso estava no mesmo lugar que você. Estar perto de pessoas famosas não significa que você também o é. Tentar ser importante, na maioria das vezes, te faz é ser ignorante! Desculpe a sinceridade.

A verdade é que é muito desagradável ficar perto de pessoas que o tempo todo tentam ser importantes afirmando que tem isso ou aquilo, que são isso e coisa e tal. Poxa, é muito chato!!! Pra mim, pessoas que tentam aparecer o tempo todo tem um problema de identidade, tem pouco amor próprio (ou nenhum!!!) e, ao tentar se autopromover, revelam o quanto se sentem diminuídas. Isso porque elas próprias não se admiram, não confiam em si e tentam, a todo custo, passar uma imagem aos outros para que eles acreditem que elas são assim, mas, na verdade, elas próprias sabem que não são. A pessoa é importante por si só, não precisa tentar ser.

Estou lendo um livro que diz assim: "O status e o poder não tornam uma pessoa importante. O que faz uma pessoa ser importante é sua capacidade de servir aos outros." (Mark W. Baker). Pense numa pessoa que é importante pra você. Certamente ela já te ajudou muito e talvez não tenha, necessariamente, status e poder. Mas, pelo o que ela já fez pra você ela é extremamente importante.

Também acredito que pra ser importante, a pessoa precisa passar pela estrada da humildade. Não uma humildade fabricada, falsa, ridicularmente forçada. Mas a verdadeira humildade, conforme Deus nos sugere ter.

E humildade, o que é? É aceitar tudo calado, sem questionar? É ser sempre quietinho no seu canto? Não. Isso não é ser humilde, é ser burro (mais uma vez desculpa pela sinceridade). Humildade não é passividade. Não é aceitar tudo, calado, obedecer sem questionar. Humildade é a certeza do que se é sem precisar se autoafirmar para os outros.

Ah, então pra ser humilde eu tenho que andar a pé, mesmo tendo condição de comprar um crossfox ou um vectra, e morar numa casinha ao invés de uma casa grande e linda? Não, é claro que não. O que eu quero dizer que é você pode ter um carro e uma casa caros sem precisar ficar jogando isso na cara dos outros. Pra mim, ser humilde é ter tudo isso e muito mais, mas sem precisar ficar mostrando e falando que tem pra que os outros vejam que você tem.

Ser humilde e importante é aquele que é o que é sem tentar se autosabotar.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Seu relacionamento com Deus

Dias atrás, conversando com minha mãe:

Eu: Mãe, a vida é aparentemente tão fácil. E nós sempre damos um jeito de complicar tudo. Por exemplo, eu: quando organizo uma área na minha vida, bagunço outras e estou sempre insatisfeita com alguma coisa.
Mãe: É, filha, o ser humano é assim.
Eu: Eu fico pensando, eu mal consigo dar conta da minha vida. Imagino Deus, que tem que ajudar trilhõeeeeeees de pessoas. Mãe, é muito difícil ser Deus. O ser humano pede algo a Deus, Ele atende. O ser humano ainda encontra algo pra sempre reclamar e, na maioria das vezes, nem se lembra de agradecer a Deus pelo o que ele tem feito. Ahhh não, mãe, é muito difícil ser Deus. Ele trabalha demais e mesmo assim, o ser humano sempre está insatisfeito com alguma coisa.
(...)
E o diálogo "filosófico" continuou por algum tempo.

O que eu quero dizer aqui é que às vezes somos tão ingratos a Deus, sempre queremos algo, questionamos tudo, e nos esquecemos de ver que Ele está, sim, fazendo o melhor para nós. Ele está sempre nos protegendo, abrindo caminhos para trilharmos, sustentando, fortalecendo, capacitando.

Gostaria de lhe convidar, leitor, a refletir sobre sua vida. Como está sua vida emocional, sentimental, espiritual, profissional, financeira etc? O que você acha que não está bom? Por que não está bom? As dificuldades que você tem passado são realmente de todo ruins? Você realmente é grato(a) a Deus pelo o que Ele tem lhe feito (até mesmo pelas dificuldades que tem passado)? Se fosse avaliar seu relacionamento com o nosso Papito, que nota você daria?

Pra pensar...














Confie...

As coisas acontecem na hora certa.
Exatamente quando devem acontecer!
Momentos felizes, louve a Deus.
Momentos difíceis, busque a Deus.
Momentos silenciosos, adore a Deus.
Momentos dolorosos, confie em Deus.
Cada momento, agradeça a Deus.


Abraços!!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Aniversário e experiências

Olá pessoal!

Então, o nosso bloguito aqui fez aniversário no início deste mês e a esquecidinha aqui (pra não dizer sonsa, lerda...) simplesmente não se lembrou. Menos um ponto pra mim né, eu sei... eu sei...
Lembro-me bem que um ano atrás eu estava lá no interior de Goiás, quase morrendo com a dissertação de mestrado quase toda ainda por fazer. Chorei, descabelei, me desesperei e desesperei a coitada da minha mãezinha também, mas... depois de várias noites mal dormidas, madrugadas à frente do computador escrevendo, pesquisando... o trabalho finalmente nasceu. Eba... Então, e foi nessa loucura que, quando não conseguia fazer nada, eu me refugiava pelas inúmeras "ruas" da internet, visitava um site e outro, encontrei vários blogs maravilhosos e, desde então, me apaixonei pela blogosfera. Decidi. Criei um blog. Nasceu o ESPELHO. Ele completou 1 aninho de vida! Happy birthday pra nóisss, uai!!! hehehe...
A verdade é que a blogosfera me ajudou muito. Li postagens que me acrescentaram muito, me diverti com a linguagem descontraída de muitas blogueiras ao narrar suas histórias tão hilárias, sem contar no quanto aprendi de cultura, de culinária, de amores ;) Vez ou outra o Espelho fica largadinho, coitado. Quase não posto, pois a inspiração toma chá de sumiço e vruuuuuummmmmmmm, desaparece. Aí ela aparece, como se nada tivesse acontecido. Eita, danada!

Bem, sobre minha vida só tenho mesmo notícias boas. Já estou quase completando 3 meses aqui em Araguaína-TO. Agradeço a Deus todos os dias pela oportunidade ímpar na minha vida de viver/experimentar tudo o que tenho vivido. Sei que muitos tentam a vida toda e não conseguem, outros simplesmente nem tentam. Eu tentei e consegui. Tenho aprendido muito, tanto na área profissional, quanto espiritual, emocional, sentimental etc. Não é fácil ficar longe das pessoas que amamos e de tudo o que estamos acostumados. Percebo que o novo às vezes assusta, mas nem sempre é de todo ruim, acho mesmo que tudo depende do ponto de vista. Por isso, tenho procurado a ver tudo isso aqui como oportunidade de crescer em vários aspectos. Então, louvo a Deus por tudo, até mesmo pelas dificuldades. Se sofro por causa da solidão, mas por outro lado, o silêncio humano tem me permitido me aproximar mais de Deus e ouvir Sua voz. Não tenho família por perto, mas tenho a oportunidade de me tornar mais independente. Acho que ver as coisas assim tem feito toda a diferença na minha vida. Os meus dias têm sido melhores.

Acho que é isso. Até mais, amores e amoras!!!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Stop for thinking...


The best place to live is where our heart is.

^...^

terça-feira, 13 de abril de 2010

Sobre o blog, algumas notícias e reflexões

Então. Passei dias procurando o que escrever, mas parece que a tal inspiração se mudou, não deixou endereço, sei lá, acho que escafedeu-se. Tudo o que eu pensava em falar parecia idiota, cheguei até a rascunhar alguns textos, mas, como dizia o personagem Quico do programa do Chaves: "não deu", hehehe...

Enquanto eu vivia essa atrofiação bloguística (ou sei lá o quê), visitei vários blogs e descobri algumas coisas (boas e ruins). A parte boa é que graças a Deus há pessoas cuja inspiração não se finda nunca, ou ao menos, se renova constantemente. São essas pessoas que sempre nos "alimentam" aqui na blogosfera, nos ofertando o pão, ops, o texto nosso de cada dia, hihihi...
Mas, por outro lado, percebi que a tal atrofiação bloguística parece ter alcançado vários amigos. Talvez seja por falta de tempo, talvez seja por falta de motivação, ou simplesmente por falta de inspiração como aconteceu comigo. Também percebi, lamentavelmente, que algumas pessoas saíram da blogosfera, a saber Jarid e Sheila. É uma pena. Eu adoro ler os textos de ambas, são sempre engraçadas, espontâneas, realistas e muito verdadeiras. Não sei o real motivo de tal afastamento, mas imagino que tenha algo a ver com a falta de ética de algumas pessoas que não têm decência nem capacidade de comentar com inteligência e respeitar o espaço alheio. É uma pena. Fico na torcida pra que elas voltem, a blogosfera não é mais a mesma sem vocês, meninas!!!

Já percebi que esse post vai ser uma miscelânia, desculpa aeee, gentemmm...

Já estou no meu segundo mês de residência+trabalho em Araguaína. Saudade desesperadora, avassaladora, gitantesca da família à parte, acho que estou indo bem. Como eu disse outrora, a cidade tem alguns pontos negativos, mas a verdade é que já comecei a gostar daqui. É uma coisa compensando a outra. Comofas??? Tudo bem que a cidade tem grande parte das ruas em crateras, ops, buracos... Mas, também preciso dizer que o índice de violência em Araguaína é beeeem mais baixo do que outras cidades grandes que conheço. Lembro que certa noite, voltando da pamonharia com minha amiga, eu ficava o tempo todo olhando pros lados, pra trás, segurando forte a minha bolsa. Eu já estava até sem graça com meu comportamento e tentei justificá-lo pra minha amiga, a qual me disse que eu poderia ficar mais tranquila, pois estávamos num lugar seguro. :)))

Ah, outra coisa boa. Depois de visitar algumas igrejas aqui, finalmente encontrei uma com a qual me identifiquei. A verdade é que amei a forma como me acolheram. Várias pessoas vieram conversar comigo, me deram boas vindas, convidaram-me para participar de células (grupo de estudo da Bíblia e de oração) e me apresentaram à Igreja. Nada melhor do que estar amparada espiritualmente e também por participar do corpo de Cristo.

Se minha vida está toda resolvida??? Quem dera. Há algumas áreas ainda pra serem trabalhadas por Deus. Mas, não tenho pressa. O Escultor-Maior precisa de tempo e espaço para trabalhar em cada detalhe de sua obra-prima, e quanto mais tempo, mais perfeição. Então, cá estou eu, pacientemente, esperando de Deus o Seu mover.

Bem, acho que por enquanto é isso.

Um beijão a todos e até mais.
;)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Metade de mim é saudade e a outra metade também

Nunca pensei que saudade doesse tanto. Agora entendo perfeitamente quando alguém dizia a expressão “saudade dói”. Sinto saudade das longas conversas com minha mãezinha (sempre fomos tão amigas!); sinto saudade do silêncio do meu pai (sempre sério, homem de poucas palavras); sinto saudade dos risos quase incontroláveis das minhas sobrinhas, principalmente quando elas queriam alguma coisa e se dirigiam a mim com um “titia” em coro, dito com tanto carinho; sinto saudade dos meus irmãos e cunhadas, sempre tão imersos em suas correrias cotidianas; Ahhh... sinto saudade da Cherry, minha fofuxa, de quando ela segurava uma bolinha com a boca e ficava perto de mim me “convidando” a brincar com ela; Ah, Deus... sinto saudade de tanta coisa!

Tenho vivido um paradoxo. Saudade da minha família por um lado, mas uma satisfação enorme por estar aqui, pois a minha realização vai muito além da profissional. Pena que nem sempre se pode ter tudo o que deseja. Queria minha família aqui, pertinho de mim. Queria passar as tardes brincando com minha Cherry, queria ver o amore nos finais de semana, queria encontrar os amigos da igreja, queria... queria... queria...

Sinceramente, admiro pacas quem se muda pra outro país e o faz, na maioria das vezes, sozinho(a). Fico pensando na Flávia Devathai e na Jarid que foram pra Índia. Meu Deus! São mudanças demais. Aliás, no caso delas, tudo, simplesmente tudo é mudança. Eu poderia tentar listar um monte de coisas: comida, dinheiro, roupas, nova família e amigos, costumes, trabalho, ruas... Mas, certamente, a minha listinha estaria longe de alcançar a realidade que elas encontraram no outro lado do planeta. Acredito que é deixar metade de si pra trás, pra encontrar a outra metade lá. É deixar uma, para que a outra possa viver. Deus! Que escolha tão difícil!!!

É claro que no meu caso, é bem mais fácil. Só estou em outro estado, aliás, vizinho do meu Goiás (até rimou, hihihi). Aqui se fala a mesma língua, com poucas diferenças de vocabulário e sotaque. Ainda não percebi diferenças na comida. Só o trânsito que é uma loucura. Aliás, diga-se de passagem, acho mesmo que o povo daqui assistiu muito “Caminho das Índias” e os motoristas estão tentando ter um trânsito igual. Jesus amado! Não me atrevo a dirigir aqui, pelo menos não por enquanto.

Já fiz algumas amizades, e se não fosse pelos amigos que fiz aqui, tudo isso estaria sendo quase insuportável. São tão doces comigo, saímos, conversamos e rimos muito.

Alguns me dizem que foi loucura eu vir pra cá, um lugar tão longe da família. Penso que acreditam que aqui é só mato (hihihi...). Mas isso aqui está bem longe de ser só mato. E acredito que nem é o fim do mundo como me falaram. Só é um lugar longe, quando a referência é minha cidade natal.

Teve aqueles que disseram que minha vinda pra cá foi uma tentativa de me refugiar, de me esconder de alguma coisa, do meu passado talvez.

Outros, todavia, falam que me admiram pela coragem de deixar tudo pra trás e ir em busca de um sonho, independente de onde ele esteja.

O que é, afinal? Sei lá. Por enquanto, posso afirmar que sou apenas eu, Rejane, tentando viver sem medo de errar. Em tempos de outrora, o medo me prendeu muito, me impedindo de viver muita coisa. Só queria me libertar desse bicho-papão que tanto já me apavorou.

Hoje percebi certa melancolia no ar. Lembrei-me de uma música/poema de Oswaldo Montenegro e acho que é a que melhor me define neste momento.

Fikadica! ;)


Metade

Composição: Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que [o homem] que eu amo seja pra sempre amad[o]
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um[a] [mulher] inundad[a] de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Notícias!!!

Bem, acho que está na hora de contar as novidades!!!

Conforme eu disse no post anterior, me mudei pra outro estado. Vamos aos detalhes.
Ano passado, após a conclusão do meu mestrado, fiz concurso pra professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), passei, fui convocada e cá estou, já na ativa. Mais um sonho realizado! Como Deus é perfeito em tudo o que faz, não é mesmo!?

Estou morando em Araguaína, cidade que divisa com o estado do Maranhão. Pra quem saiu de Bela Vista - Goiás, é um pouco longe (1200 km). Araguaína é uma cidade com mais ou menos 150 mil habitantes. É considerada a "capital econômica" de Tocantins, ao passo que Palmas é a capital política. Apesar de infra-estrutura deixar a desejar (há muitas ruas cheias de buracos, xiii!!!), a cidade é grande, com um comércio bem ativo.

O ruim é ter que ficar longe de família, amore, igreja, amigos e da minha pet Cherry. Como eu sinto saudade de tudo!! Mas, sei também que estar aqui é uma oportunidade ímpar na minha vida, concedida por Deus! Mas, sobre adaptação, creio que não será tãooooooooo difícil, até porque já fiz algumas amizades aqui (no prédio onde eu moro tem mais 5 professores da UFT, todos de outros estados, portanto, é um ajudando o outro). O bom é que posso falar com a família TODOS OS DIAS! A Tim tem um plano ótimo: 25 centavos a ligação pra celular tim de qualquer parte do país, basta só cadastrar o seu celular nesse plano. It's really perfect!!!

Ainda estou sem internet em casa. Mas há uma lan house pertinho do meu prédio e posso usar a internet da UFT também.

Assim que possível, volto pra dar mais notícias.

Beijos...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Notícias rápidas

Olá pessoal!

Estou me mudando pra outro Estado (depois eu conto as novidades!!!) e, em virtude disso, vou ficar sem internet por alguns dias até eu conseguir me organizar direitinho.

Beijokas

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Estamos com fome de amor...

Eu sou fã de carteirinha e, como diz a minha amiga blogueira Jarid, "de camiseta e de faixa na testa", do Arnaldo Jabor. Até já postei um texto dele aqui. Gostaria de compartilhar com vocês mais esta pérola desse escritor que escreve tão fantasticamente bem, além de ter um senso crítico maravilhoso. É pra refletir!!!

Arnaldo Jabor e mais uma dentro
(JORNAL O DIA! Arnaldo Jabor)


O que temos visto por aí???
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes.

Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plasticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???

Chegam sozinhas e saem sozinhas...
Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.

E não é só sexo não!

Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida?
Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia . . .

Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos,
sem se preocuparem com as posições cabalisticas...
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...
Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos...
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...
Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, familias preconceituosas...

Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...

Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado...
"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor...
Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...

Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...
E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?

Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...
O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.

Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...

Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!

Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!


Obs: a postagem anterior é show!!! Vale a pena conferir também!!!
Beijos e até a próxima!!!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Uma conversa sobre a vida

Olá pessoas! Sim, ainda estou viva, graças a Deus. Tenho estado muito ocupada por conta de algumas mudanças na minha vida (aliás, várias, depois conto a vocês, hihihi...) e, por isso, estava sem inspiração pra escrever. Aliás, ainda continuo assim.
Hoje eu estava futricando na internet e encontrei um texto hiper mega ultra fantástico publicado pela ISTOÉ. Pega uma xícara de chá, senta aí e se delicie com essa preciosidade (o texto é longo, mas vale a pena ler).


"Cuidado com os burros motivados"
Em Heróis de verdade, o escritor Roberto Shinyashiki combate a supervalorização da aparência e diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima
por Camilo Vannuchi

Observador contumaz das manias humanas, Roberto Shinyashiki está cansado dos jogos de aparência que tomaram conta das corporações e das famílias. Nas entrevistas de emprego, por exemplo, os candidatos repetem o que imaginam que deve ser dito. Num teatro constante, são todos felizes, motivados, corretos, embora muitas vezes pequem na competência. Dizem-se perfeccionistas: ninguém comete falhas, ninguém erra. Como Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa) em Poema em linha reta, o psiquiatra não compartilha da síndrome de super-heróis. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada na vida (...) Toda a gente que eu conheço e que fala comigo nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, nunca foi senão príncipe”, dizem os versos que o inspiraram a escrever Heróis de verdade (Editora Gente, 168 págs., R$ 25). Farto de semideuses, Roberto Shinyashiki faz soar seu alerta por uma mudança de atitude. “O mundo precisa de pessoas mais simples e verdadeiras.”

Istoé - Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki - Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.

Istoé - O sr. citaria exemplos?
Roberto Shinyashiki - Dona Zilda Arns, que não vai a determinados programas de tevê nem aparece de Cartier, mas está salvando milhões de pessoas. Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito “100% Jardim Irene”. É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.

Istoé - Qual o resultado disso?
Roberto Shinyashiki - Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.

Istoé - Por quê?
Roberto Shinyashiki - O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência. Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.

Istoé - Há um script estabelecido?
Roberto Shinyashiki - Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente de multinacional no programa O aprendiz? “Qual é seu defeito?” Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: “Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar.” É exatamente o que o chefe quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder. O vice-presidente de uma das maiores empresas do planeta me disse: “Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir.” Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?

Istoé - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Roberto Shinyashiki - Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.

Istoé - Está sobrando auto-estima?
Roberto Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parece que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.

Istoé - Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?
Roberto Shinyashiki - Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: “Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham.” Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.

Istoé - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Roberto Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.

Istoé - É comum colocar a culpa nos outros?
Roberto Shinyashiki - Sim. Há uma tendência a reclamar, dar desculpas e acusar alguém. Eu vejo as pessoas escondendo suas humanidades. Todas as empresas definem uma meta de crescimento no começo do ano. O presidente estabelece que a meta é crescer 15%, mas, se perguntar a ele em que está baseada essa expectativa, ele não vai saber responder. Ele estabelece um valor aleatoriamente, os diretores fingem que é factível e os vendedores já partem do princípio de que a meta não será cumprida e passam a buscar explicações para, no final do ano, justificar. A maioria das metas estabelecidas no Brasil não leva em conta a evolução do setor. É uma chutação total.

Istoé - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Roberto Shinyashiki - Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me perguntou: “Quem decidiu publicar esse livro?” Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.

Istoé - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Roberto Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas. A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards. Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.

Istoé - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Roberto Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: “Você tem de estar feliz todos os dias.” A terceira é: “Você tem que comprar tudo o que puder.” O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura: “Você tem de fazer as coisas do jeito certo.” Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você precisa ser feliz tomando sorvete, levando os filhos para brincar.

Istoé - O sr. visita mestres na Índia com freqüência. Há alguma parábola que o sr. aprendeu com eles que o ajude a agir?
Roberto Shinyashiki - Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes.
Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz: “Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero ser feliz.” Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis. Uma história que aprendi na Índia me ensinou muito. O sujeito fugia de um urso e caiu em um barranco. Conseguiu se pendurar em algumas raízes. O urso tentava pegá-lo. Embaixo, onças pulavam para agarrar seu pé. No maior sufoco, o sujeito olha para o lado e vê um arbusto com um morango. Ele pega o morango, admira sua beleza e o saboreia. Cada vez mais nós temos ursos e onças à nossa volta. Mas é preciso comer os morangos.

Entrevista publicada em:
http://www.istoe.com.br/assuntos/entrevista/detalhe/12528_CUIDADO+COM+OS+BURROS+MOTIVADOS+?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Quando os sonhos se tornam realidade

Há sonhos que, por mais que sonhamos, nem sempre acreditamos que possam ser realizados. Talvez porque os julgamos grandiosos demais, ou porque simplesmente substimamo-nos. Resultado: Continuamos na eterna frase "Ah, se eu pudesse...", "Se eu fizesse tal coisa", "Se isso", "Se aquilo", e nos afogamos em tantos "ses" que limitam as nossas ações e enterram parte de nós. Tudo isso pelo simples medo de ousar.

Quando terminei a graduação em Letras, em 2004, não fiz a seleção de Mestrado como muitos da minha turma. Por várias razões: 1º porque eu estava e-x-a-u-s-t-a. Pra quem acha que Letras é um curso fácil, ah... eu sugiro que o faça. Você pode até não exercer a profissão, mas você terá lido dezenas de livros e escrito muiiiiiiito!!!; 2º porque eu queria me casar no ano seguinte (o dito cujo estava só esperando eu me formar); e 3º porque eu tinha medo de não passar. Aliás eu tinha convicção de que não poderia passar. Por que? Porque eu achava que mestrado era pra gente muito inteligente, característica que eu nunca me atribuí. Lembro-me bem que muitos da minha turma que fizeram a prova passaram: Carlos, Inimar, Flávia, Paula, Rejane Ferreira.

O ano de 2005 foi então reservado para os eventos de formatura (ah... que saudade!!!) e para o tal casamento, em março e julho, respectivamente. A verdade é que o cansaço sumiu rapidinho. Em setembro do mesmo ano lá estava eu iniciando a minha especialização em Ensino e Aprendizagem de Língua Inglesa na UEG, que duraria 2 anos. Não me arrependo. Foi um curso tranquilo. Encontros quinzenais me possibilitaram dedicar bastante para o curso.

Eu sempre fui muito curiosa. Não queiram cochichar algo perto de mim que eu quero logo saber do que se trata e não dou trégua enquanto eu não estiver ciente do assunto, hehehe... Vez ou outra, eu conversava com as minhas colegas que já estavam fazendo mestrado e eu ficava curiosa pra saber como era. Eu queria também. Eu sabia que profissionalmente o mestrado significaria uma boa oportunidade pra mim. A verdade é que além de curiosa eu sou atrevida. Resultado: final de 2006 lá estava eu fazendo a seleção de mestrado, mesmo sem terminar a especialização. Não nego que achei dificílima. Foram três etapas durante três meses, uma eternidade. Durante todo o processo, eu mantive uma estreita relação com Deus e o pedia pra fazer o que fosse melhor pra mim. Em meados de dezembro desse ano a lista de aprovados era divulgada e o meu nome estava lá, e aprovada em 7º lugar! Mais uma prova do cuidado de Deus comigo. O número sete representa a perfeição do Criador. Sim. O mestrado fora presente de Deus na minha vida.

O curso não foi fácil, obviamente. A situação agravou-se um pouco mais porque justamente no meio do curso eu me separei do "sacana" do marido (desculpe, mais aproveito a oportunidade pra desabafar também) e, é claro, alguns problemas emocionais foram desencadeados. Acabei precisando de tempo extra pra terminar o mestrado (quase todos os alunos solicitam esse tempo porque o curso é realmente muito difícil). Eu tive momentos de desistir. Sabia do que tinha que ser feito mas simplesmente não conseguia fazer. E o tic-tac do relógio me torturava mostrando-me que meu tempo estava se esgotando. Graças a Deus, eu tive pessoas que me ajudaram muito. Meus pais deram-me muito apoio emocional, meu amigo Rogério me ajudou na transcrição dos dados (essa é a pior parte! affff...), a Paula me deu algumas orientações no início da redação do texto, sem contar no quanto outros amigos e amigas me ajudaram conversando comigo, me ouvindo, me aconselhando.

Eu mal podia acreditar que em 18 de setembro de 2009 eu estaria ali, à frente do auditório da Faculdade de Letras, para a minha defesa de mestrado. A fotinha que se segue é do dia. (Em sequência: meu orientador Prof. Dr. Francisco, eu, e as professoras da Banca: Dra. Maria Cristina e Dra. Barbra [escrito assim mesmo]).
Pra quem pensa que acabou por aí, se engana. Depois da defesa, há ajustes para serem feitos na dissertação e toda uma sequência de procedimentos até chegar ao ponto de dar entrada no Diploma. No meu caso, decorreram quatro meses.

Hoje pude contemplar a obra do Senhor Deus na minha vida quando finalmente pude ter em mãos a minha dissertação encadernada. Meus olhos se encheram de lágrimas quando a toquei. Um filme passou rapidamente na minha cabeça, permitindo-me lembrar de toda a luta que travei comigo mesma para concluir o curso, porque chegou um momento em que eu nem sequer podia me dar o luxo de sofrer por causa da minha vida emocional conturbadíssima porque eu tinha um mestrado pra terminar.

Conforme sabemos, a obra de Deus é completa em nossas vidas. Sei que esse mestrado representa a oportunidade de alcançar outros caminhos, outras vitórias. Por isso, eu espero mais.

Tudo o que vivi desde o início do mestrado até agora me ensinou muito. Primeiro porque eu superei o sentimento de inferioridade intelectual que eu sempre tinha. Hoje percebo que, desde que eu me esforce, eu posso realizar qualquer coisa que eu desejar. Segundo porque entendi que quando transformamos os sonhos em metas eles deixam de simplesmente serem sonhos utópicos e alcançam o plano da realidade, e isso vale para quaisquer áreas de nossas vidas. Terceiro porque compreendi que não posso simplesmente colocar a responsabilidade de ser feliz em outra pessoa. Se eu quero ser feliz, depende exclusivamente de mim fazê-lo.

A foto que se segue é da minha dissertação. Fofa né! Não canso de folheá-la, tocá-la e ler o meu nome nela.


Ahh... esqueci de falar, hehehe... o título da minha dissertação é "Você já blogou hoje? Um estudo de caso sobre o uso de blogs nas aulas de língua inglesa".