sábado, 30 de maio de 2009

Um planeta chamado Mestrado

Estava eu perambulando pelas "ruas" do Orkut, visitando uns amigos e... não sei de onde veio essa idéia cômica. Mas, enfim. Achei que essa tal 'inspiração' precisava aparecer aqui.

No planeta "Mestrado", onde estou vivendo, é tudo muito solitário e silencioso. A comida servida aqui é muito estranha: Livros de Linguistica Aplicada, revistas sobre Ensino e Aprendizagem de L2 (Segunda Língua), sites sobre Novas Tecnologias... enfim, os pratos servidos têm um gosto exótico, sabe.... Às vezes tenho até náuseas quando como demais rsrsrs...

Ah, sobre a população é tudo muito louco: tem muitas pessoas que moram aqui também, mas... cada uma fica no seu país e praticamente não conversamos. Eu, por exemplo, moro num chamado "Ensino de Línguas Mediado por Computador", também conhecido como CALL; tenho uma amiga que mora no "Estratégias de Aprendizagem"; uma que mora num de nome "Música"; outra em "Análise do Discurso e Livros Didáticos". Há também o país "Inclusão e Segunda Língua". Tem uma que foi pro "Globalização e Cultura" e agora está em trabalho de campo, literalmente rsrsrs... Gente! É cada nome de país doido!

E tem mais. Nós temos presidentes e presidentas! É, somos chiques!!! O meu presidente é o Sr. Dr. F. J. Q. F. (Não vou falar o nome direitinho por ética). Ele é muito inteligente, dedicado e cumpre o seu mandato muito bem (diga-se de passagem). Suas propostas são muito boas e põe a população pra trabalhar mesmo!

Descobri que o planeta não é um lugar turístico, as pessoas até acham que isso aqui é um hobby, mas... o dicionário deles é diferente (talvez estragou, não sei rsrsrs) e o conceito de hobby é trabalho intelectual árduo e solitário...

De acordo com a previsão do consulado, vou residir aqui até o mês de Setembro. Pretendo passar umas férias num planetinha chamado Terra, um paísinho de nome Basi, não, acho que é Basil, ou será Brasir? Talvez Brasil, (ah, não sei o certo, mas vou pra lá).

Depois de tudo isso, talvez siga caminho para oooooooutro planeta...
Mas, até lá... fico aqui nesse tal Planeta chamado Mestrado.

Tempo da travessia

" Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos".(Fernando Pessoa)



É. eu acho que meu 'amigo' poeta já disse tudo. Por isso, hoje, só quero refletir...


quinta-feira, 28 de maio de 2009

É inverno aqui dentro de mim...

Hoje resolvi dar uma mudada no meu blog. Não sei se vou deixá-lo assim, talvez quem sabe por um tempo. Sou estações. Eu mudo. E é sobre isso que quero falar.

Vez ou outra estou primavera, coração todo florido e perfumado!!! Ah, fico rindo à toa... Consigo até sorrir para desconhecidos na rua.

Aí vem o verão para aquecer aquilo que já estava bom. Vida agitada, agenda cheia, época em que acho que o dia deveria ter 30 horas, a semana 10 dias, o ano 20 meses, rsrsrs...

O outono é a estação dos frutos, de colher tudo o que plantei. De receber a tão esperada recompensa pela dedicação, pelo esforço, pelo tempo dispensado...

Mas aí vem o inverno, com todo o seu frio, sua solidão, seu silêncio... Eita estação difícil viu... Hoje é inverno aqui dentro de mim. É como se eu estivesse subindo uma montanha, coberta de neve, um frio tão intenso, um vento tão forte que às vezes acho que não vou suportar. A sensação que tenho é a de que a humanidade desapareceu e apenas eu restei nesse universo...


Não ouço mais a melodia da canção, não vejo mais o colorido da vida, tá tudo preto e branco, uma mudez que me mortifica...

Tá tão seco...
tá tão frio...
tá tão morto aqui dentro...

Por que você não vai embora inverno???
Por que se delonga tanto em minha vida???

Não espero ninguém me trazer a primavera, nem me levar a ela
Eu quero ir sozinha, tendo apenas Deus como companhia
e, ao chegar lá, quero uma aquarela
quero pintar um novo e belo dia...

Ichi, até a poesia está inverno hoje
Ela não quer poetizar...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Espelho, espelho meu: quem há por trás desse ‘eu’?


No conto de fadas “Branca de Neve”, a madrasta da protagonista, vez ou outra, recorria ao seu espelho para perguntar se havia alguém em todo o universo que fosse mais bela do que ela. O seu humor estava condicionado à resposta que seu ‘servo’ lhe desse. Ela se sentia bem quando a resposta era negativa, mas chegou o dia em que ela se enfureceu ao ouvir do seu espelho um ‘sim’ referindo-se à Branca de Neve, a enteada, como sendo a mais bela mulher existente cuja imagem agora era ali refletida. Não quero aqui fazer o papel de nenhuma dessas personagens. Mas extraio da estória o espelho e lhe dou vida própria para falar hoje.

Já escutei muitas coisas a respeito da minha personalidade, mas uma que tem me intrigado, talvez até intimidado, é aquela que afirma haver alguém atrás dessa máscara que eu insisto usar. Como assim? Eu não uso máscara nenhuma. Eu sou essa pessoa sempre transparente, sempre acessível. “Não, você não é. Usa uma máscara e se esconde atrás dela”. Ouvir isso significou ser colocada a frente de um espelho num movimento tão brusco, parecido com aqueles projetados no filme Matrix. E é justamente sobre esse ‘estar na frente do espelho’ que quero falar.

Como me sinto na frente desse espelho? Ora, ora, sinceramente... Tiraram a então máscara de mim e, nua que me sinto, estou toda desconcertada. Não há nada para desviar a atenção, não há nada para olhar, só há eu, em frente ao espelho. Estou com medo sim, apesar de tantas vezes ter afirmado categoricamente que não. Sim, amigo, estou com medo. Não sei se de você que examina detalhadamente até o meu respirar ou de mim mesma, de desvelar a Rejane que verdadeiramente sou. Eu não sei o que fazer porque, ao tirar a minha máscara, você tirou o meu controle. E acho que é por isso que estou com medo.

Ali, me olhando no espelho, ainda reluto para me esconder, esconder coisas das quais sinto vergonha ou até talvez nem conheça. Mas, não tem como. Todas as tentativas são fracassadas e não há outra coisa a fazer a não ser deixar refletir no espelho a pessoa que sou.

- Então, Rejane, o que você vê primeiro? – Pergunta o Sr. Espelho.

- Eu vejo meus olhos que, janelas da alma que são, mostram um ser assustado, introvertido, com medo de tudo e de todos. Olhos que já viram tantas coisas desagradáveis, a despeito das maravilhosas, olhos que já se alegraram e já se afundaram em lágrimas.

- Mas falta uma coisa ainda, Rejane.

- Eu não sei, acho que é só isso.

- Não, não é só isso não. Você se esqueceu de mencionar que seus olhos se fecharam quando você decidiu não ver o que era preciso.

- Mas ver o quê?

- Ver a verdade, ver e reconhecer a sua impotência diante de situações que estão alheias à sua vontade, ao seu controle. Rejane, ao fechar os olhos, você se ilude criando um mundo onde só existem as coisas (boas) que você quer ver e que pode controlar.

Minhas palavras silenciaram. Não sei o que responder.

Depois dos olhos, percorro a imagem ali refletida e, novamente sobressaltada por mais uma indagação do Sr. Espelho, observo-o.

- E agora, Rejane, o que você vê?

- Meu coração. E por que ele está assim, descoberto, parece tão indefeso? Eu nunca vi o meu coração assim. Será que estou morrendo? Veja, veja como ele bate. Deus, por que meu coração está assim?

- Ora, Rejane, isto é apenas o pulsar do seu coração, o seu órgão mais precioso. Você o tem imposto cargas além do que ele pode suportar. Ele encerra toda a sua força humana, mas também toda a sua fragilidade. Que alimento você tem oferecido a ele? Veneno. Você o tem alimentado com o pior dos venenos.

- Veneno?? Não, eu jamais faria isso. É óbvio que eu cuido bem dele, ele é o meu coração, não é? Então, eu faço tudo para cuidar bem ele e jamais faria o contrário.

- Veneno sim, um veneno chamado medo que lhe impede de prosseguir a despeito de todos os esforços que seu coração faz, de todos os gritos que lhe explodem silenciosamente em sua artéria.

Chega, eu não quero mais olhar nessa imagem nem conversar com esse espelho idiota que insiste em me falar coisas que não fazem sentido, que eu não quero ouvir. Pra mim, chega.

Está fugindo de si mesma, não é?

Agora eu vi. Esse Sr. Espelho está ouvindo até meus pensamentos. Ah, isso não. Pode parar. Já cansei dessa brincadeira.

Não, Rejane, não há como parar. É preciso que você olhe sua imagem refletida no espelho, é preciso que você se conheça porque só assim poderá prosseguir.

Ver os meus olhos ali, tão atemorizados, ver o meu coração tão frágil não era o que eu esperava. Talvez a máscara que eu sustentava me impedia de vê-los e de ouvir o murmurar de uma alma tão desconhecida por mim mesma, um universo que eu não desbravei porque a expedição pra dentro de mim talvez sempre me atemorizasse.

Eita. E agora? O que eu faço? Quem há por trás desse ‘eu’ refletido nesse espelho? Sr. Espelho, então me diga, o que eu faço agora? Sr. Espelho, responda-me: O que eu faço agora? Ei, fale.
Olho para o espelho e ele permanece inerte como sempre esteve. Mas e a voz que eu estava ouvindo? De onde vinha? Será que eu estava falando sozinha? Ah, não. Era só o que me faltava falar sozinha. Mas eu estava conversando com o Sr. Espelho. Com o espelho? Mas o espelho não tem boca, como pode falar? Mas... mas é que... não sei. Observo detalhadamente o espelho e percebo que a única coisa que se move nele é a minha própria imagem. Mas... e a voz? É. Eu acho que falei sozinha por um bom tempo. Ou talvez era a voz do meu inconsciente.

Não sei. Não sei que imagem é essa que eu vejo, se de uma madrasta má, de uma Branca de Neve, de um Dorian Gray ou de outrem. Olhando para o espelho, mais uma vez, vejo um corpo nu, uma alma nua, que se revelam ali, talvez numa tentativa de chamar-me a atenção para algo que eu ainda não havia percebido: o universo que há em mim, ainda tão desconhecido.

Num misto de coragem e covardia, quero quebrar esse espelho... ver seus pedaços no chão. Sentir-me-ia bem fazendo isso? E os cacos, será que poderiam ainda refletir alguma coisa?
E aí eu penso: Quantas pessoas que, assim como eu, também têm usado máscaras? Quantas pessoas lançam pedras no espelho com a intenção de quebrá-lo?

Pedra lançada. Meu meio sorriso reduz-se a nenhum ao perceber, espalhados no chão, os incontáveis pedacinhos da outrora pedra. No espelho permanece, intocavelmente, a minha imagem refletida.

Coração humano: terreno estéril...?



Ontem meu avô completou 89 anos. É o único avô vivo que tenho hoje, os outros já se foram. Após lhe dar um abraço e desejar “feliz aniversário”, eu pedi para tirar uma foto (adoro fotos!!) e depois conversamos um pouquinho. Momentos assim são raros.
Enquanto o meu avô falava sobre o passado eu fiquei olhando para ele numa tentativa de compreender suas palavras. Fiquei imaginando quantas coisas aqueles olhos azuis, tão azuis (ah, como eu queria ter herdado esse colorido!!!), já viram por esse mundão. Ele falava e falava e, em certo momento, ele comparou a terra, melhor dizendo, o solo de hoje com o de outrora. Meu avô disse que antes a terra era forte e produzia muito, mas que hoje, para produzir, precisa de adubo e de 'remédio' e, que mesmo assim, a sua produção nem se compara com a que era capaz no passado. Até aí tudo bem. Eu estava ouvindo essa história como tantas vezes já o fiz.
Comecei a pensar: meus vinte e tantos anos me parecem tanto tempo, já vivi tanta coisa, acho que já sofri tanto, mas aí, eu olho pro meu avô com seus 89 anos... Pra quem nasceu em 1920, viveu os amargos anos da Segunda Guerra e o medo imposto pela Ditadura Militar, e está aqui até hoje ... essa pessoa sim é exemplo de força, perseverança e vitalidade.
Nem sei em que momento me perdi naquela conversa. Uma coisa me veio à mente: O coração humano está como essa terra. As pessoas de antigamente, como diz o meu avô, tinham mais tempo umas para as outras, visitavam mais, conversavam mais, eram mais próximas, mais solidárias, mais humanas, os corações eram mais férteis. E hoje? Hoje é “cada um no seu quadrado”, odeio a música da qual esse trecho faz parte, assim como odeio seu ritmo ridículo. Mas, tenho que confessar que esse trecho fala muito e nos remete ao individualismo no qual temos vivido. É só isso? Não. Tem mais. Hoje, as pessoas são escravas do relógio. São? Não. Somos. Tenho que admitir que estou inclusa nesse grupo. Sou também escrava do tic-tac que me faz correr de um lado para o outro, tentando cumprir uma agenda horrorosamente abarrotada. Faço parte de uma geração que não tem tempo pra visitar família, que dirá familiares e amigos. Meus irmãos moram na mesma cidade que eu e passo meses sem ir a suas casas, e quando vou, é interessada em resolver alguma coisa, pedir um favor, ou algo do tipo. Conversar? Ihhhhhh, minhas conversas são sempre rápidas e com algum objetivo prático. Seja no celular, seja pessoalmente, minhas conversas são rápidas porque não tenho tempo.
Voltando um pouquinho a história da terra, no preparo das lavouras, é preciso encher o solo de calcário, adubo e tantos agrotóxicos, para receber uma semente que já é morta. Morta? Sim. Morta. Hoje, as chamadas sementes para plantio são geneticamente modificadas. Ao ser lançadas ao solo, elas vão apenas brotar, crescer e dar, forçadamente, os frutos que esperamos. Mas, frutos que já nascem mortos porque suas sementes são 'programadas' para serem estéreis.
Meu Deus! Será que o meu coração é assim? Será que pra “dar algum fruto” meu coração precisa de 'remédios' tão fortes, verdadeiros venenos? Será que os frutos que meu coração tem dado (se é que o tem feito) são tão artificiais assim? O que as pessoas têm plantado em seus corações? Que sementes são essas que temos lançado nesse terreno? Que amor - em todas as suas modalidades - é esse que as pessoas afirmam ter dentro de si, todavia, é capaz de enganar, de mentir, de trair? Será que estão (ou estou) me programando para ser esse tipo de ser humano? E onde estaria o HUMANO nessa história?
Depois desse devaneio que me transportou pra não sei onde e por não sei quanto tempo, voltei a mim. Foi quando olhei e compreendi quão precioso e raro é ver que meu avô com seus 89 anos ainda estava ali, próximo do fogão a lenha, a falar de outra história (e nem me dei conta do fim da primeira), de suas experiências e da época em que ele, juntamente com outros homens, tinham que deixar suas casas, mulheres e filhos pequenos e se esconder no mato porque os "tropeiros", liderados por Prestes, poderiam passar a qualquer momento para recrutar homens para uma tal revolução (e eu que pensei que isso nunca pudesse acontecer 'por essas bandas de cá' rsrsrs...).

domingo, 17 de maio de 2009

Fronteiras?! Não. Elas não existem mais...

Um mundo tão perto de mim...

Agora? Agora estou em casa, no meu quarto pra ser mais exata. Fazendo o quê? Nada. Procurando o que fazer. Depois de não sei quantas horas estudando, preciso de um break. Olho para as paredes, elas parecem se movimentar, vir em minha direção como que numa tentativa de me sufocar. Elas me entediam. É quando eu vejo a janela. “A janela do quarto??” Você talvez me pergunte: “Mas você está olhando pra janela do seu quarto?” Não, leitor, estou olhando a janela para o mundo. Basta eu ligar o computador, entrar na web e ali está a janela aberta e convidativa a uma tarde inteira para explorar, conhecer, viajar...
Viajar?? Sim, viajar. Um click, e estou na Índia. Andando pelas ruas de Bangalore, posso “saborear” um pani puri cujo paladar parece ser tão paradoxal!!!
Em segundos, já estou no Egito, terra dos Faraós. E percebo que os muçulmanos são gente como a gente. Será por que alguns de nós ainda pensamos que do lado de lá tudo é tão assustadoramente diferente?
Pakistão?? Sim. Paquistão também fica a poucos segundos ... dois ou talvez três... É nesse país que, vestida com trajes tão diferentes dos que estou acostumada, posso passear por Punjab.
Mas você não “viaja” pelo Brasil?? O meu leitor pode estar perguntando. Sim. Bahia, Rondônia, Santa Catarina... Ah, o Brasil, tão brasileiro, tão americano, tão europeu, tão oriental... também me encanta. Não posso negar o sangue mestiço brasileiro que corre nas minhas veias. Talvez por isso eu goste tanto do hibridismo...
Acho que nunca li tanto como agora nesse mundão chamado blog. Já é tão fácil me transportar para outros lugares, aprender um pouquinho de tantas línguas e culturas diferentes.
“Filha, vem jantar!”
“Calma, mãezinha, estou no Japão agora. Já volto.”
Em um dos inúmeros livros que estou lendo para concluir meu trabalho de mestrado, as autoras Palloff & Pratt (2002) falam sobre uma personalidade eletrônica referindo-se a pessoa que nos tornamos quando estamos on-line. É, talvez eu esteja mesmo vivendo uma outra personagem, talvez eu seja uma Mrs. Hyde por essas trilhas exóticas espalhadas pelo espaço virtual as quais me conduzem a lugares tão fascinantes! Ou talvez, eu estou sendo eu mesma ao conversar no msn, ler scraps no orkut, responder e-mails, blogar. “Que mundo é esse?!! Você está louca?” Não, não estou. Isso nada tem a ver com o fim apocalíptico esperado por nós cristãos. Isso significa viver, simplesmente. E é fazendo tudo isso que eu estou conhecendo mais a minha própria cultura, valorizando-a a despeito de certos detalhes que me entristecem...
Eu estou me conhecendo mais a cada dia.

Termino este post com uma expressão, linda por sinal, cunhada por dois professores marcantes na minha vida acadêmica: “Eu blogo, tu blogas, ele bloga. Você bloga?”